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domingo, 15 de maio de 2011

Aviões espiões e satélites espiões; lasers químicos, feixes de partículas "dardos de energia", aviões espaciais militares.











Não deveria nos surpreender que os países estejam sempre de olho no que os outros países estão fazendo. Normalmente, essas atividades de vigilância passam despercebidas pelo público geral - obviamente, missões de reconhecimento não são muito divulgadas.

avião de vigilância altamente sofisticado, o EP-3E ARIES II (Airborne Reconnaissance Integrated Electronic System II - Sistema Aéreo Eletrônico Integrado de Reconhecimento II) e ver como ele coleta informações.
Escuta
Oficiais militares comparam o EP-3E a um aspirador de pó no céu, utilizando equipamento moderno para sugar comunicações eletrônicas como chamadas telefônicas, e-mail, sinais de relay avião-base, fax e transmissões via satélite Basicamente, a principal função de um avião de vigilância é escutar áreas alvo em segredo, processar o que encontrou e enviar a informação para os comandantes militares americanos.

O EP-3E é equipado com alguns dos mais avançados equipamentos de vigilância do mundo. A maioria dos sistemas do avião é confidencial, mas existem algumas informações conhecidas sobre o equipamento de vigilância.

Imagem cedida pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Um radome é anexado à barriga do avião espião

O avião é equipado com sensores, receptores e antenas parabólicas para capturar os sinais eletrônicos. Existem dois compartimentos, um no topo do avião e outro sob ele, que abriga as antenas. O EP-3E também é equipado com uma antena de radar AN/APX-134 e um radome, que estão localizados em um compartimento de carga especialmente modificado, segundo o site GlobalSecurity.org (em inglês). O radome é um compartimento em forma de cúpula localizado embaixo do avião. Ele abriga a antena de radar e é transparente à radiação de radiofreqüência.

O avião e a tripulação
Nos anos 90 a marinha converteu 12 Lockheed-Martin (em inglês) P-3Cs em aeronaves EP-3E ARIES II. Esses novos aviões foram projetados para substituir o ultrapassado ARIES I, que foi construído no final dos anos 60 e início dos anos 70. As modificações no EP-3E começaram em 1996 e a última aeronave foi entregue em 1997. Os EP-3Es têm sido usados para reconhecimento em auxílio a diversas operações militares, incluindo as forças da OTAN na Bósnia e forças conjuntas na Coréia.

O EP-3E possui quatro motores turbopropulsores Allison T56-A14, cada um gerando 4.900 cavalos de força no eixo para empurrar o avião em uma velocidade de cruzeiro de cerca de 550Km/h. Os quatro propulsores, Hamilton-Standard 54H60-77s de quatro lâminas, convertem o cavalo de força do eixo do motor em propulsão. O avião é construído com cinco tanques de combustível, quatro tanques de asa e um tanque auxiliar, que é um tanque em estilo de uma bexiga localizado na fuselagem mais baixa.
EP-3E Aries II
Envergadura de asa

30,36 metros
Altura

10,42 metros
Comprimento

32,28 metros
Motores

4 motores turbopropulsores Allison T56-A14
Tripulação

24 passageiros
Alcance

4828 km ou 12 horas
Velocidade máx.

350 nós - 648 Km/h

O avião que não possui armas é operado por uma tripulação de 24 pessoas: são três pilotos, um navegador, três analistas táticos, um engenheiro de vôo, operadores de equipamento, técnicos e mecânicos. O avião possui 19 postos para a tripulação e uma capacidade total de 24 assentos .
Para maiores informações sobre o EP-3E Aries II e tópicos relacionados, confira os links na próxima página.

O que é um avião espião controlado à distância?

Os aviões espiões normalmente são lembrados como voando em altas altitudes, saindo de algum lugar secreto. Contudo, as forças armadas norte-americanas usam algo muito similar em conceito ao aeromodelo rádio-controlado. O que torna esses aviões não-tripulados tão especiais é que voam por controle remoto, a até 145 km/h, a uma altitude de até 3.700 metros. Eles usam um sistema de telemetria engenhoso: um piloto no solo senta-se à frente de um painel de controle muito parecido com a cabine do piloto de um avião normal! O piloto pode controlar o avião com os instrumentos exatamente como faria se estivesse pilotando um avião de tamanho normal.

Veículo aéreo não-tripulado Pioneer

O Veículo Aéreo Não-Tripulado (UAV, Unmanned Aerial Vehicle) pode ser lançado sem uma pista de decolagem, com uma decolagem assistida por foguete (RATO). Então, um motor Sachs de dois cilindros refrigerado a ar assume com 26 cavalos de potência.

Motor propelido por impulsor Pioneer

O Pioneer normalmente aterrissa em uma pista de 914 m e pode decolar em uma de 365 m, sem usar o foguete auxiliar. Quando o avião é lançado de um navio com um foguete, o controlador o recupera fazendo ele voar para dentro de uma rede de recuperação na popa de uma embarcação.
Uma cápsula aerodinâmica dotada de câmera com zoom remotamente controlado na parte inferior do avião filma em tempo real e produz imagens em infravermelho em incursões noturnas:

Câmera do Pioneer

As imagens são transmitidas à estação de solo por meio de um transmissor de Banda C/LOS. O Pioneer transmite uplinks tanto por meio de Banda C/LOS quanto UHF.

Antena de UHF do Pioneer

O Pioneer também pode ser usado para detectar ameaças atmosféricas como radiação, produtos químicos e condições climáticas. Os aviões podem ser desmontados em cerca de cinco minutos para embarque em uma aeronave tripulada e uma variedade de embarcações.
No solo ou a bordo do navio, um piloto faz a decolagem e a aterrissagem. Outro piloto faz o vôo real. Tudo por instrumentos, incluindo um medidor de combustível de leitura à distância. O sofisticado sistema eletrônico tem seu próprio dissipador de calor montado externamente, mostrado à esquerda:

Dissipador de calor no Pioneer

O que é um satélite espião e o que ele consegue espionar?

Os satélites de reconhecimento "KH" (buraco da fechadura, do inglês keyhole) classe-espião, nomeado de Kennan, orbitaram à Terra por mais de 30 anos. Normalmente, são usados para tirar fotografias aéreas para missões militares. A grande pergunta que muitas pessoas fazem é: "O que eles conseguem ver?" Um KH-12 é um satélite de US$ 1 bilhão que se assemelha ao telescópio espacial Hubble, exceto pelo fato de que ele está observando nosso planeta. Por questões de segurança, não há documentos publicados sobre a órbita da espaçonave de imagens. A eles são adicionados satélites de imagem por radar da classe Lacrosse de 15 toneladas.

Você pode pensar em um satélite KH como uma gigantesca câmera digital em órbita com uma lente incrivelmente grande. Os satélites de reconhecimento de imagens ópticas utilizam um CCD (charge-coupled-device - dispositivo de carga acoplado) para obter imagens que formem uma fotografia digital a ser transmitida à Terra de uma altitude de aproximadamente 322 quilômetros. Uma vez que os satélites estejam em órbita, eles não conseguirão pairar sobre uma determinada área ou produzir um vídeo em tempo real de um único local.

Os satélites geralmente são colocados em várias órbitas secretas pelos ônibus espaciais da NASA ou pelos foguetes Titan 4, e controlados pelo NRO (site em inglês - National Reconnaissance Office - Escritório Nacional de Reconhecimento), com sede em Chantilly, Va, EUA. As imagens digitais dos satélites são analisadas, manipuladas e combinadas por computadores poderosos na NGIA (site em inglês - National Geospatial-Intelligence Agency - Agência Nacional de Inteligência Geoespacial).
As imagens em preto e branco são usadas pelas comunidades civis e militares. Muitos dos detalhes sobre essa classe de satélites permanecem protegidos, mas sabe-se que a qualquer momento pode existir alguns deles lá em cima . Eles possuem uma resolução de imagem de 5-6 polegadas, o que significa que conseguem ver propriedades de 5 polegadas ou mais no solo. Esses satélites provavelmente não conseguem ler o número da sua casa, mas conseguem dizer se há uma bicicleta no seu quintal.

Os satélites Corona, os primeiros a fazerem o mapeamento da Terra a partir do espaço, tinham uma resolução de imagem de 6 pés. Esses satélites foram construídos por Lockheed Martin sob contrato com a CIA e a Força Aérea dos Estados Unidos, de 1960 a 1972, e, supostamente, lançados mais de 100 vezes.
Os analistas de mapeamento podem utilizar os dados do satélite para criar imagens tridimensionais de formações e estruturas do solo na Terra. Essas imagens podem fazer parte de uma negociação, enquanto os países tentam acabar com a guerra. Ou, então, como no caso do programa de televisão, as imagens podem comprovar que a promessa oficial de um governo estrangeiro sobre alguma atividade em terra não é verdadeira. A mesma tecnologia também é usada para visualizar potenciais rotas de fuga da atividade criminosa. Dizem que também foi utilizada para observar a zona vulnerável de um ônibus espacial em órbita para verificar a ausência das placas cerâmicas, necessárias para a reentrada.

Nos Estados Unidos, a Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, foi o principal local de lançamento de muitos satélites de observação durante a Guerra Fria e continua sendo até os dias atuais. Alguns satélites antigos tinham cápsulas a bordo para retornar rolos de filme à Terra. Os rolos eram apanhados no ar pelas tripulações da Força Aérea sobre o Oceano Pacífico. Desde 1958, os satélites especiais eram construídos por Lockheed Martin, e recentemente, a Boeing assinou contrato com o National Reconnaissance Office.

Como funciona a tecnologia stealth?

O artigo Como funciona o radar fala sobre os princípios básicos de um sistema de radar. A idéia é a antena de radar enviar uma rajada de energia de rádio que será refletida de volta por qualquer objeto que eventualmente encontre. A antena de radar mede o tempo que leva para o reflexo chegar - com essa informação pode dizer a que distância o objeto está.

O corpo de metal de um avião é muito bom para refletir sinais de radar e isso facilita encontrar e rastrear aviões.
O objetivo da tecnologia stealth é fazer um avião invisível ao radar. Há duas maneiras diferentes de criar invisibilidade:

* o avião pode ser configurado de modo que os sinais de radar sejam refletidos para longe do equipamento de radar;
* o avião pode ser revestido de materiais que absorvem sinais de radar.

A maior parte das aeronaves convencionais tem formato arredondado. Esse formato as torna aerodinâmicas, mas também cria um refletor de radar muito eficiente. A forma arredondada significa que não importa onde o sinal de radar atinge o avião, uma parte do sinal acaba refletida de volta:
Airplane stealth

Uma aeronave stealth, por outro lado, é composta inteiramente de superfícies planas e bordas muito agudas. Quando um sinal de radar atinge um avião stealth, o sinal reflete para longe em ângulo, desta maneira:
Stealth technology

Além disso, as superfícies de uma aeronave stealth podem ser tratadas de modo que possam também absorver energia do radar. O resultado final é que uma aeronave stealth como um F-117A pode ter a leitura no radar de um pequeno pássaro, em vez de um avião. A única exceção é quando o avião se inclina lateralmente - muitas vezes haverá um momento em que um dos painéis do avião refletirá com perfeição a rajada de energia do radar de volta para a antena.

Antes da Primeira Guerra Mundial era quase uma necessidade os exércitos defenderem sua base, dominando seus oponentes em cima de uma colina, para conseguir ganhar as batalhas. Conseguir uma localização mais alta deu aos exércitos no topo da colina a vantagem de abater o exército oponente, que tinha que subir uma colina e, ao mesmo tempo, se defender das balas. Historicamente, os exércitos com a vantagem de estarem no ponto mais alto sempre venceram mais vezes.

A nova base alta é o espaço. Os Estados Unidos, atualmente, usam o espaço de modo passivo durante um combate; portanto, vamos olhar para o espaço primeiramente por esse ângulo.

Em 1991, os Estados Unidos e seus aliados usaram uma tecnologia de satélite sofisticada para localizar alvos iraquianos durante a Guerra do Golfo Pérsico. Satélites inteligentes forneceram às forças americanas uma visão sem precedentes do campo de batalha, mostrando todos os movimentos que os iraquianos faziam durante a guerra. Com a vasta extensão da paisagem deserta para fornecer visibilidade, as imagens do satélite tornaram-se a principal fonte de informações sobre o exército iraquiano.

Os satélites também foram uma ferramenta valiosa para o desdobramento das tropas durante a Guerra do Golfo Pérsico. Uma constelação de satélites orbitando a Terra, conhecida como Sistema de Posicionamento Global (GPS), foi usada pelos soldados no solo para determinar sua localização. Esses 24 satélites forneceram a longitude, latitude e altitude dos soldados americanos portando receptores GPS no campo de batalha. O deserto aberto era o local ideal para usar os satélites GPS, porque existiam muito poucos objetos naturais ao redor para interferir com os sinais dos satélites. Em combinação com as imagens dos satélites espiões que estavam rastreando as tropas inimigas, o GPS deu aos Estados Unidos e seus aliados a vantagem de saber exatamente onde posicionar suas tropas para tirar o máximo proveito da situação.

A próxima fronteira no espaço é muito mais ativa: sistemas de armas com satélites projetados para derrubar mísseis nucleares.

Em maio de 1983, Reagan propôs sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI), agora denominada Defesa contra mísseis balísticos, que exigia satélites equipados com laser para derrubar mísseis balísticos intercontinentais (ICBM). Os ICBMs têm um alcance de mais de 10.000 km. A essa distância, um ICBM disparado da Coréia do Norte poderia atingir facilmente Honolulu ou Los Angeles. O SDI de Reagan, também conhecido como "Guerra nas Estrelas," foi projetado para fornecer um guarda-chuva de proteção contra ataques de mísseis. Os satélites do SDI iriam rastrear um míssil a partir do lançamento e o derrubariam com lasers antes mesmo de o míssil deixar o espaço aéreo do país do qual foi lançado. O trabalho sobre o laser baseado no espaço da Defesa contra Míssil Balístico está em andamento, apesar de algumas críticas internacionais. O projeto continuou a receber US$ 4 bilhões por ano e, recentemente, recebeu um orçamento extra de US$ 6,6 bilhões no ano de 2005.

O Comando Espacial dos Estados Unidos não esconde o fato de que quer estabelecer a supremacia americana no espaço. Em seu relatório Visão para 2020, o Comando Espacial enfatiza que as forças militares sempre incentivaram a proteção dos interesses nacionais, tanto militares como econômicas. O relatório sugere que as armas espaciais devem ser desenvolvidas para proteger os satélites americanos e outros veículos espaciais, enquanto os outros países desenvolvem a capacidade de lançar naves espaciais. Em 1997, o secretário assistente da Força Aérea do Espaço, Keith R. Hall, disse: "com relação ao domínio do espaço, nós o temos, gostamos dele e pretendemos conservá-lo".

O Pentágono falou que à medida que as empresas espaciais começarem a ganhar vantagens comerciais, haverá aqueles que tentarão tirar algum lucro atacando aquelas empresas espaciais. Veja abaixo algumas armas espaciais atualmente em desenvolvimento:

* lasers químicos;
* feixes de partículas;
* aviões espaciais militares.

Existem, pelo menos, 3 sistemas a laser sendo desenvolvidos para armas baseadas no espaço e na terra. Os 3 são um tipo de laser químico que envolve a mistura de químicas dentro da arma para criar o feixe de laser. Embora o sistema a laser baseado no espaço ainda tenha que esperar, aproximadamente, 20 anos para ser lançado, existem 3 lasers sendo considerados, incluindo o fluoreto de hidrogênio (HF), o fluoreto de deutério (DF) e o iodo oxigênio químico (COIL).

Desenho artístico de como um satélite equipado com laser espacial desenhado pela TRW dispara um laser em um míssil balístico de longo alcance

Em um relatório de 1998, com o título Armas a laser no espaço: uma avaliação crítica, o tenente coronel William H. Possel, da Força Aérea dos Estados Unidos, comparou o funcionamento do sistema a laser de fluoreto de hidrogênio com o modo como um motor de foguete funciona. O flúor atômico reage com o hidrogênio molecular para produzir moléculas excitadas de fluoreto de hidrogênio. Essa reação cria um comprimento de onda entre 2,7 e 2,9 microns. Nesse comprimento de onda, o feixe de laser de fluoreto de hidrogênio seria absorvido pela atmosfera da Terra, o que significa que ele deverá ser usado no "combate espaço a espaço" como parte do programa de laser baseado no espaço. A Organização de Defesa contra Míssil Balístico já demonstrou um laser de fluoreto de hidrogênio com potência em megawatts em um ambiente espacial simulado.

Um outro laser, similar ao sistema de fluoreto de hidrogênio, é o sistema laser de fluoreto de deutério. Em vez de usar o hidrogênio molecular, o deutério é usado para reagir com o fluoreto atômico. Como os átomos de deutério têm mais massa do que os átomos de hidrogênio, esse laser tem um comprimento de onda de, aproximadamente, 3,5 microns e pode transmitir melhor através da atmosfera. Em 1980, a TRW (em inglês) demonstrou um laser de fluoreto de deutério chamado Laser Químico Avançado Infravermelho Médio (MIRACL), que pode produzir mais de um megawatt de potência. Esse tipo de sistema a laser foi usado em testes para abater um foguete na Base de Mísseis de White Sands, em 1996.

O terceiro tipo de laser químico que poderá ser usado na defesa contra mísseis balísticos é o laser de iodo de oxigênio químico (COIL), que foi apresentado em 1978. Nesse sistema a laser, uma reação gerada entre o cloro e o peróxido de hidrogênio excita átomos de oxigênio que transferem sua energia aos átomos de iodo. Essa transferência de energia faz com que os átomos de iodo fiquem excitados, criando um laser com um comprimento de onda de, aproximadamente, 1,3 microns, menor do que os 2 lasers mencionados anteriormente. Esse comprimento de onda menor significa que uma ótica menor pode ser usada para desenvolver um sistema de laser baseado no espaço. Em 1996, a TRW testou um laser COIL que produziu um feixe com centenas de kilowatts de potência e durou vários segundos. Até agora, esse é o mais promissor dos lasers baseados no espaço em desenvolvimento.

Um dos problemas com lasers baseados no espaço é que eles teriam que ser fixados a um satélite em movimento quando fossem tentar atingir um outro objeto em movimento a milhares de quilômetros por hora. Imagine, a bordo de um jato supersônico, tentar atirar em um pássaro. O laser e o objeto a ser atingido estariam viajando em velocidades diferentes, tornando o tiro quase impossível. Essa é a razão por que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos também está considerando uma arma de feixe de partículas, que seria capaz de disparar feixes de partículas subatômicas, muito perto da velocidade da luz, em um alvo militar. Se um feixe pudesse ser disparado a essas velocidades, ele deveria, de qualquer modo, congelar o objeto alvo.

A arma de feixe de partículas seria capaz de gerar uma potência muitas vezes mais destrutiva do que qualquer laser em desenvolvimento. Essa arma seria composta, essencialmente, de duas partes: uma fonte de potência e um túnel de aceleração. Se uma arma de feixe de partículas funcional pudesse ser construída, usaria sua fonte de potência para acelerar elétrons, prótons ou átomos de hidrogênio através do túnel, o qual concentraria essas partículas carregadas em um feixe que seria disparado no alvo.

Os "dardos" de energia disparados da arma de feixe de partículas entrariam nos materiais do alvo, passando a energia para os átomos que compõem o alvo. Esse impacto seria como uma bola branca de sinuca atingindo um grupo de bolas na mesa de bilhar. O aumento rápido da temperatura do objeto alvo faria o objeto explodir em questão de segundos após o impacto.

O maior obstáculo no desenvolvimento da arma de feixe de partículas funcional tem sido a criação de uma fonte de potência que seja leve o suficiente para ser colocada no espaço e que possa produzir milhões de eletro-volts de potência e dezenas de megawatts de potência do feixe. Uma estação de potência convencional seria capaz de atender essas exigências de potência, mas seria grande demais para colocar em órbita. Até agora, os cientistas não foram capazes de desenvolver uma fonte adequada e de baixo peso que possa atender essas exigências.

O avião espacial X-33 pode ser usado para combate militar no espaço
Uma terceira arma espacial em desenvolvimento é o avião espacial militar. Um acordo mútuo entre a NASA e a Força Aérea está tentando desenvolver um avião espacial denominado X-33. Embora o presidente Clinton tenha vetado a parte da Força Aérea do avião espacial militar em 1998, a NASA continuou o desenvolvimento por razões não militares. Se a Força Aérea tivesse que retomar o desenvolvimento do avião espacial em uma data posterior, poderia usar o veículo para controlar o espaço tanto ofensiva como defensivamente.

Atualmente, existem vários acordos internacionais proibindo a colocação de tais armas no espaço. Um desses acordos é o "Tratado do Espaço Exterior", de 1967, que engloba o espaço exterior, a Lua e outros corpos celestes. O único furo desse tratado é que ele não fala nada a respeito da área imediatamente acima da Terra, onde a maioria dos satélites fica em órbita. No entanto, o tratado proíbe a colocação de armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, na órbita da Terra. Mas, a questão é: as armas a laser ou de feixe de partículas são de destruição em massa? O tratado ainda proíbe a construção de bases e fortificações militares em qualquer corpo celeste, inclusive a Lua.

Em novembro de 1999, 138 membros das Nações Unidas votaram para ratificar o Tratado do Espaço Exterior. Somente os Estados Unidos e Israel abstiveram-se do voto. Com base nesse voto, que sustentou o veto às armas no espaço, parece que as armas espaciais permanecerão suspensas, por enquanto. Sendo assim, pensamentos a respeito de armas do tipo Estrela da Morte e aviões de combate X-Wing, combatendo a milhares de quilômetros no espaço, terão que esperar um bom tempo.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

SEALs Mar, Ar e Terra (Sea, Air, and Land) Unidade especializada em :UW,FID,DA,SR .
















Onde quer que haja tropas norte-americanas, você descobrirá que o SEALs está ou esteve lá antes. O papel que as equipes do SEAL da Marinha desempenham normalmente são entrar e sair rapidamente sem serem vistos, recolhimento de inteligência, destruição de alvos e realização de resgates, entre outras coisas.

As Forças de Operações Especiais Norte-Americanas, que incluem as forças do comando de elite de cada ramificação das forças armadas, como o SEALs da Marinha, Rangers do Exército, os Boinas Verdes e outros se tornaram essenciais para muitos sucessos militares norte-americanos durante a última década. Cada ramificação das forças armadas tem suas próprias equipes especialmente treinadas que podem operar em qualquer situação e realizar qualquer tarefa necessária para o trabalho.

O que é preciso para se tornar um SEAL da Marinha? Até mesmo os instrutores do SEAL podem predizer quem conseguirá chegar lá. A característica comum que os instrutores vêem nos futuros SEALs não pode realmente ser definida, eles apenas a chamam de "atirar por instinto". Ou você tem, ou não tem.

Estatísticas do SEAL:

* apenas cerca de 25% dos recrutas passam pelo treinamento para se tornarem SEALs;
* um SEAL nunca foi abandonado em uma missão;
* um SEAL nunca foi feito prisioneiro;
* atualmente há cerca de 2.290 SEALs ativos em serviço.

O acrônimo SEAL significa Mar, Ar e Terra (Sea, Air, and Land), que identifica os elementos onde operam. Os SEALs trabalham em pequenas unidades - freqüentemente um a dois homens, mas algumas vezes em pelotões de até 16 homens. São treinados para realizar tarefas específicas sob qualquer tipo de circunstância e em qualquer ambiente. Seu treinamento ocorre no deserto, na selva, em clima extremamente quente e frio e em áreas urbanas.

As missões do SEAL requerem planejamento detalhado e execução precisa. Eles são treinados para realizar missões que recaem em cinco categorias principais:

* Guerra não-convencional (UW - Unconventional Warfare)- uso de táticas de guerra de guerrilha na batalha.
A guerra de guerrilha é caracterizada por pequenos grupos de combate móvel que operam usando, freqüentemente, métodos de batalha "não-ortodoxos", como a destruição de suprimentos inimigos, criação de distrações, emboscada de pequenas unidades inimigas, demolições e outros tipo de operação "atacar e correr".

* Defesa interna contra estrangeiros (FID - Foreign Internal Defense) - treinamento dado a nacionais estrangeiros a fim de construir relacionamentos.
Durante a Operação Tempestade no Deserto, os SEALs da Marinha treinaram 13 operadores kuwaitianos em técnicas de infiltração marítima com a finalidade de realizar uma reunião secreta com contatos da resistência local dentro da Cidade do Kuwait.

* Ação direta (DA - Direct Action) - Movimento contra um alvo inimigo
Isso pode incluir assaltos a alvos localizados em terra ou água, resgate de reféns, emboscadas, etc.

* Contraterrorismo (CT) - inclui ação direta contra operações terroristas, ações antiterroristas e a proteção de cidadãos e tropas.

* Reconhecimento especial (SR - Special Reconnaissance) - inclui condução de inspeções preliminares para recolher informações, manejo de postos de observação e outros tipos de vigilância, aparente ou oculta, onde a meta é recolher informações.
Isso pode incluir o recolhimento de dados hidrográficos (inspeções de praia e água) para desembarque ou acompanhamento de uma unidade inimiga e reportar sua posição.

Quando os SEALs não estão implantados, estão em constante treinamento, para aprimorar habilidades básicas e aprender novas habilidades e técnicas.

As categorias acima se sobrepõem quando se referem a missões reais, mas essas são a base do treinamento SEAL: ser especialistas nas habilidades necessárias para realizar essas várias tarefas.

Em 1941, depois que os japoneses bombardearam Pearl Harbor, as tropas norte-americanas foram forçadas a invadir território japonês pelo mar, freqüentemente encarando áreas minadas e ataques de inimigos não-vistos. Como contramedida para esses riscos, a Marinha Norte-Americana criou equipes especialmente treinadas para se infiltrar o território inimigo em direção à costa e liberar o caminho de obstáculos e outros riscos. Essas equipes de seis homens eram chamadas Unidades de Demolição de Combate Naval. Seu treinamento era intenso em fortalecimento físico e incluía levantamento de peso, natação, corrida e manobra de pequenos barcos. O treinamento também incluía manuseio de explosivos. Eventualmente, realizavam treinamentos em Equipes de Demolição Subaquáticas (UDT - Underwater Demolition Teams).

As UDTs foram organizadas em 1943. Também conhecidos como homens-rã, foram responsáveis durante a Guerra da Coréia por nadar até a costa antes de uma invasão e explodir obstáculos em seu caminho, abrindo caminho para a invasão dos anfíbios norte-americanos. Também destruíram alvos importantes como pontes e túneis.

Na década de 60, o aliado da União Soviética, Vietnã do Norte, estava lutando contra um aliado norte-americano, Vietnã do Sul. O presidente Kennedy enviou, em pequenas equipes de guerrilha, combatentes para ajudar o Vietnã do Sul. Com os Boinas Verdes do Exército já estabelecidos, era hora da Marinha criar sua própria unidade de Operações Especiais. Fundamentado no treinamento dos UDTs, os SEALs da Marinha foram criados. Seu treinamento os preparou para trabalhar nas selvas, costas e rios do Vietnã. Sua tarefa era ficar atrás das linhas inimigas e atacar de surpresa acampamentos de inimigos, sabotar suprimentos, cortar comunicações inimigas e destruir munições armazenadas. Eles foram bem sucedidos em suas missões.

República do Vietnã, novembro de 1967: membros da SEALs da Marinha Norte-Americana se movimentaram para o Rio Bassac em um barco de assalto (STAB - Seal Team Assault Boat) durante operações ao longo do rio ao sul de Saigon

Com a Guerra do Vietnã terminando sem vitória, muitos cortes foram feitos nas despesas militares, e o número de unidades das Forças Especiais foi, em muitos casos, cortado pela metade. O sucesso dos SEALs no Vietnã, contudo, provou seu valor.
Hooah! - o grito de guerra dos SEALs da Marinha - se torna uma resposta automática para eles durante o torturante treinamento. Embora possa haver outras variações no significado, "hooah" geralmente significa "sim", "entendido" e "não estou deixando essa evolução tirar o melhor de mim". Evolução é o termo usado para cada evento no programa de treinamento.

O treinamento do SEAL é brutal. Leva mais de 30 meses para treinar um SEAL da Marinha até o ponto no qual estará pronto para posicionamento. Os SEALs que emergem estão prontos para lidar com qualquer tarefa que possam ser chamados para executar, incluindo mergulho, natação de combate, navegação, demolições, armas e pára-quedismo. O treinamento os leva ao limite, tanto mental quanto fisicamente para eliminar aqueles que possam não ser capazes de completar com êxito as exigentes missões e operações que os SEALs enfrentam. Os tipos de estresses que encaram durante o BUD/S (Demolição Subaquática Básica/SEAL) são os mesmos que encaram em missões reais. Se não podem resistir a isso quando não há vidas na linha, há boas chances de que não sejam capazes de resistir a isso quando há vidas em jogo.

A partir do primeiro dia no treinamento, os recrutas são ensinados da importância do trabalho de equipe. O foco não é no indivíduo. O fato de que nenhum SEAL tenha sido deixado para trás em uma missão é uma prova do sucesso deste sistema. Durante todo seu treinamento, aprendem porque o trabalho de equipe é necessário no tipo de tarefa em que estarão sendo inseridos. Os SEALs estão realizando tarefas que podem não ser possíveis para um único homem realizar, mas pode ser realizado para uma equipe composta de homens que têm o mesmo treinamento e habilidades. Seu sucesso depende do que podem fazer juntos como uma equipe.

O ingresso no treinamento para se tornar um SEAL da Marinha é voluntário. Qualquer um pode ser voluntário, e os oficiais e homens alinhados treinam lado a lado. Com o propósito de ingressar no treinamento o candidato precisará preencher alguns requisitos:

* ser um membro ativo em serviço da Marinha Norte-Americana;
* ser um homem (mulheres não podem se tornar SEALs da Marinha);
* ter 28 anos ou menos (embora concessões para 29 e 30 anos seja possível);
* ter boa visão;
* ser um cidadão norte-americano;
* passar pela Bateria de Aptidão Vocacional dos Serviços Armados (site em inglês)(ASVAB - Armed Services Vocational Aptitude Battery);
* passar por um teste de seleção físico severo que inclui o seguinte procedimento:
1. nadar 457 metros em 12,5 minutos ou menos, seguido por um descanso de 10 minutos
2. fazer 42 flexões de braço em menos de dois minutos, seguido de um descanso de dois minutos
3. fazer 50 abdominais em menos de dois minutos, seguido de um descanso de dois minutos
4. fazer seis flexões de barra fixa, seguidas de um descanso de 10 minutos.
5. correr 2,4 quilômetros com coturnos e calças compridas em menos de 11,5 minutos

Uma vez que um candidato se qualifica, começa a diversão de verdade.

O treinamento Demolição Subaquática Básica/SEAL (BUD/S - Basic Underwater Demolition/SEAL) é dividido em várias fases:

1. doutrinação
2. condicionamento básico
3. treinamento em SCUBA
4. treinamento em guerra terrestre

Há também a infame semana infernal, que ocorre para encerrar o condicionamento básico.

O BUD/S dura vários meses. A doutrinação inicial compreende cinco semanas de aprendizagem das expectativas e modos dos SEALs da Marinha. Mais importante, é o momento de se preparar física e mentalmente para o que está à frente.

Uma vez completada a doutrinação, o tempo remanescente é dividido em oito semanas de condicionamento básico, oito semanas de treinamento com SCUBA e nove semanas de guerra terrestre. O treinamento ocorre na Base Anfíbia Naval (em inglês)em Coronado, Califórnia.

O condicionamento básico é quando o avanço fica difícil. Esta é a fase onde a maioria das Desistências por Solicitação (DOR - Drops on Request) acontece. Durante oito semanas, os dias dos recrutas são preenchidos com corrida, natação, calistenia e aprendizagem sobre operações com pequenos botes. As natações de 1,5 a 3 km e a corrida na pista de obstáculos são eventos diários e cronometrados. O tempo de um recruta para esses exercícios deve melhorar continuamente.

Outra parte importante do condicionamento básico é a resistência ao afogamento. Nesta evolução, os recrutas devem aprender a nadar com suas mãos e pés atados. Para passar pela resistência ao afogamento, eles mergulham em uma piscina de 3m de profundidade e concluem as etapas a seguir com suas mãos e pés atados:

1. ficar à tona por 5 minutos
2. boiar por 5 minutos
3. nadar 100 metros
4. ficar à tona por 2 minutos
5. fazer algumas voltas para frente e para trás
6. nadar até o fundo da piscina e recuperar um objeto com seus dentes
7. voltar para a superfície e ficar à tona por mais cinco vezes

Outra evolução é a tortura das ondas, também chamada de "condicionamento em água gelada". As temperaturas da água normalmente variam ao redor de 18ºC (65F) e nunca passam de 20ºC (68F). A partir daqui, os recrutas fazem algum exercício localizado ou correm 2,5 km na praia com suas roupas e coturnos molhados, então, são enviados de volta para as ondas. Muitos treinos também exigem que as equipes carreguem seus barcos de borracha sobre suas cabeças enquanto correm de uma tarefa para outra.

A quarta semana do condicionamento básico é conhecida como Semana Infernal. Acontece quando os estudantes treinam por cinco dias e cinco noites completos, com um total máximo de quatro horas de sono. A Semana Infernal começa no pôr-do-sol do domingo e termina no final da sexta-feira. Durante este período, os recrutas enfrentam evoluções de treinamento contínuas. Durante a Semana Infernal, os estudantes recebem quatro refeições por dia - algumas vezes MREs, mas normalmente refeições quentes de quantidades limitadas. Comer comida quente substitui estar aquecido e seco. Ela proporciona um impulso psicológico necessário aos recrutas cansados, muitos dos quais estão quase dormindo enquanto comem.

A evolução durante a Semana Infernal envolve a equipe (ou tripulação do bote) carregando seu bote - borracha inflável Zodiacs (em inglês) - sobre suas cabeças. Exercícios, corridas e escalada cronometrados através de planícies lamacentas são intercalados no decorrer dos cinco dias e meio. O maior número de recrutas cai durante a Semana Infernal. Esse treinamento radical é essencial, apesar de tudo. Nas missões, os SEALs devem ser capazes de operar eficientemente, ignorando temperaturas abaixo de zero e seu próprio bem-estar físico. Suas vidas, bem como as vidas dos outros, podem depender disso.

Ouvir ordens atentamente é outro elemento essencial de treinamento durante o BUD/S, particularmente durante a Semana Infernal quando os cérebros estão ficando confusos devido à falta de sono. O instrutor pode propositalmente omitir parte de uma ordem para ver quem realmente está ouvindo. Por exemplo, durante uma série de ordens que exigem que as equipes de recrutas façam exercícios usando uma tora de 136kg, ele pode deixar de mencionar a tora em uma das ordens. Os líderes de equipe que estão prestando atenção perceberão isso e suas equipes terão uma pequena redução na dificuldade da tarefa, realizando-a sem ter de carregar a tora. O instrutor pode recompensar a equipe permitindo que permaneçam perto do fogo e descansem, ou que se sentem e durmam por alguns minutos.
SCUBA
Como muito do trabalho do SEAL é feito embaixo d'água, o SCUBA (aparelho de respiração subaquática autônomo) e a natação de combate são as principais prioridades para treinamento.

Os SEALs treinam extensivamente por oito semanas em sistemas SCUBA de circuito fechado e navegação subaquática.

Guerra terrestre
Durante o treinamento de guerra terrestre, os SEALs treinam por nove semanas em recolhimento de inteligência e penetração de estruturas, reconhecimento e patrulhamento de longo alcance e batalha próximo de alojamentos. Também são treinados para reagir a ataques de atiradores de elite e usar armas "afiadas" como facas e outras lâminas. Eles devem poder dirigir qualquer veículo e ser capacitados em técnicas de direção em alta velocidade e evasivas. O combate mão-a-mão também é ensinado durante essa fase do treinamento.

Para estarem preparados para qualquer situação, são ensinadas as táticas que as pequenas unidades devem usar, incluindo manuseio de explosivos, infiltração em linhas inimigas, técnicas de recuperação (agarrar-e-segurar) e o manuseio apropriado de prisioneiros. Os SEALs devem também ser capazes de sobreviver em ambientes extremos e oferecer tratamento médico (medicina de campo).

Quando termina o treinamento BUD/S, os remanescentes vão para o treinamento de pára-quedismo básico na Escola Aérea do Exército (em inglês) em Fort Benning, Georgia.

Este treinamento dura três semanas e é acompanhado pelo Treinamento de Qualificação do SEAL (SQT - SEAL Qualification Training ). O SQT consiste em mais 15 semanas de treinamento para a aprimorar as habilidades básicas e aprender as novas táticas e técnicas necessárias para a designação de um pelotão SEAL.

É depois de completar com êxito o SQT que os recrutas recebem seu Código do Alistamento Naval e são premiados com o broche SEAL Trident. Agora são oficialmente SEALs da Marinha.
Os enfermeiros hospitalares permanecem por mais 30 semanas de treinamento neste estágio.
É fornecido treinamento adicional em Reconhecimento Especial e Ação Direta, onde os SEALs aprendem sobre completar tarefas como:

* emboscadas táticas
* assaltos com atirador de elite
* combate próximo do alojamento
* demolição subaquática
* ataques de natação de combate
* suporte aéreo próximo
* suporte de artilharia naval
* ataques surpresa
* reconhecimento hidrográfico

Missões e posicionamento tático do SEAL
Os novos soldados se reportam imediatamente às suas unidades operacionais e começam um período de 12 a 18 meses de treinamento extensivo individual, em pelotão e esquadrão, na preparação para posicionamento tático com seu pelotão SEAL. Esse ciclo de treinamento/posicionamento tático garante que os soldados estejam em constante aperfeiçoamento e aprendendo novas habilidades que podem salvar vidas e ajudar as missões a serem bem sucedidas.

Embora possamos ouvir sobre algumas supreendentes missões do SEAL, a maioria do que é feito não aparece no noticiário, mas os poucos que conseguimos acompanhar, nos mostram exatamente o quão difícil - e o quão importante - as funções dos SEALs são.

Contraterrorismo

Em 6 de janeiro de 2002, durante a Operação Liberdade Duradoura (em inglês) - 2001 a 2003 - os SEALs foram enviados ao país mediterrâneo do Afeganistão em busca de Osama Bin Laden e outros terroristas escondidos nas cavernas de Zawar Kili. O que deveria ser uma missão de 12 horas se tornou uma missão de oito dias.

Os SEALs e outros operadores do SOCOM (Comando de Operações Especiais, Special Operations Command) procuraram em mais de 70 cavernas em um desfiladeiro de 4,82km de extensão perto da fronteira paquistanesa. Sua busca revelou depósitos de armas, munição, suprimentos e uma enorme quantidade de informações de inteligência. Sobreviveram à missão inesperadamente estendida com os suprimentos que encontraram nos acampamentos da al-Qaeda.

Durante a Operação Liberdade Duradoura, as forças de Guerra Especial Naval (NSW - Naval Special Warfare) realizaram mais de 75 missões de reconhecimento especial e ação direta, destruindo mais de 226 toneladas de explosivos e armas; identificando positivamente pessoal inimigo e conduzindo Operações de Interdição de Liderança na busca de terroristas que tentavam escapar através de embarcações a caminho do mar. As forças NSW continuam a operar no Afeganistão, impedindo o caminho do Taliban e outras forças terroristas.

No livro Alma de Guerreiro: A Memória de um SEAL da Marinha, o antigo SEAL Chuck Pfarrer descreve como uma missão para proteger um navio anfíbio da Marinha Norte-Americana (em um local secreto) transformou-se na captura de candidatos a terroristas. Como líder de seu destacamento SEAL, Pfarrer foi responsável por proteger o navio no porto enquanto sua carga de munição era descarregada.

Depois de procurar em muitos barcos pesqueiros na vizinhança do porto, Pfarrer percebeu um barco pesqueiro estranho vindo para a área. Ele suspeitou e pulou em um barco Zodiac com dois outros SEALs, com a intenção de investigar o barco que se aproximava lentamente. Manobrando para evitar que o barco tivesse acesso ao navio, ficaram de frente para o pesqueiro confirmando suas suspeitas, o barco começou a aumentar sua velocidade.

O Zodiac estava correndo lado a lado com o pesqueiro, e Pfarrer estava gritando: "Alto!" - mas o piloto do barco não parava. À medida que o Zodiac se aproximava, um dos homens no barco começou a pegar sob uma rede de pesca o que parecia ser uma AK-47. O piloto do Zodiac fez uma curva fechada e golpeou o pesqueiro. Pfarrer sacou sua arma para disparar um tiro de advertência, mas sua arma travou. Ele pulou para o barco pesqueiro com os homens, seguido pelos outros dois SEALs.

Após uma breve luta, amarraram os homens. Olhando debaixo das redes, encontraram dois grandes feixes de explosivo feito por iugoslavos amarrados com as espoletas prontas, junto com dois AK-47s. Explosivos deste tipo são fabricados para fazer buracos no casco de aço de navios. Os homens no barco pesqueiro eram nadadores de combate se preparando para fixar esses explosivos no navio da Marinha Norte-Americana que estava ancorado.

Durante a Guerra do Golfo Pérsico (também conhecida como Operação Tempestade no Deserto - site em inglês - 1991), depois de um mês de ataques aéreos contra o Iraque, as forças Aliadas estavam prontas para avançar para o Kuaite ocupado pelo Iraque e começar a guerra terrestre. Com 17.000 fuzileiros navais nos navios fora da costa da Cidade do Kuaite, o pelotão Foxtrot da Equipe SEAL 1 tinha a missão de criar uma distração. O plano era fazer os iraquianos acreditarem que as forças Aliadas estavam planejando um ataque anfíbio.

No escuro da noite, a equipe se aproximou da costa kuaitiana em barcos de desembarque, parando a cerca de 450m e nadando o restante do caminho. Cada soldado levava uma caixa de explosivos de 9kg. Embaixo do nariz do inimigo, eles plantaram os explosivos na praia kuaitiana e nadaram de volta para seus barcos. Os explosivos foram preparados para explodir à 1 hora da madrugada.

Conforme os explosivos detonavam em terra, os soldadoss disparavam armas automáticas e lançavam granadas, criando uma enorme barulho que chamou a atenção dos iraquianos. Isso, combinado com a força dos fuzileiros navais vistos na costa, convenceu os iraquianos de que o ataque estava vindo do mar. Eles destacaram duas divisões da linha de frente e as moveram para a costa. A guerra terrestre começou contra uma força iraquiana muito enfraquecida.

Na Somália, em 2 de dezembro de 1992, durante a Operação Restaurar a Esperança (em inglês) os SEALs da Marinha foram necessários para liberar o caminho e facilitar o desembarque de fuzileiros navais para proteger o aeroporto de Mogadishu. Os soldados da Equipe 1 nadaram para a costa, medindo a profundidade da água, a variação da costa e composição da praia para criar mapas e proteger o desembarque. Poucos dias depois, exploraram o Porto de Mogadishu para determinar se era um porto adequado para navios de suprimento poderia ser encontrado. Problemas inesperados surgiram quando descobriram que a água no porto estava contaminada com esgoto bruto e outros detritos. Os soldados concluíram suas tarefas, mas alguns ficaram doentes devido à missão.

No dia seguinte, enquanto ocorria o desembarque os fuzileiros, os SEALs, junto com as Unidades de Reconhecimento dos Fuzileiros Navais, nadaram à frente das forças de desembarque como escoltas. O que encontraram foram representantes da mídia, luzes brilhantes e câmeras de televisão em suas faces à medida que emergiam da água e andavam sobre a praia. O desembarque dos fuzileiros prosseguiu, televisionado para todo o mundo ver.

Ação direta
Na Somália, um atirador de elite SEAL evitou que um grupo de fuzileiros navais fosse alvejado por um atirador somalí.

Foi relatado que um atirador de elite SEAL com um rifle de franco-atirador M88 calibre .50 detectou um atirador somalí abaixado atrás de uma parede de pedra. Ele acreditava que o atirador estava preparando sua arma para atirar nos fuzileiros navais que se aproximavam, para capturar o líder da facção somali, Hussein Mohammed Aideed. O SEAL sabia que não poderia avisar os fuzileiros navais a tempo, então, disparou seu rifle contra a parede de pedra e abateu o atirador atrás dela.

Missões não-militares
A experiência do soldado SEAL é útil para propósitos civis também. Em 1996, noite de Páscoa, o Centro Conjunto de Coordenação de Resgates (em inglês) entrou em contato com os SEALs para solicitar assistência no resgate de um homem ferido que estava perdico com seu barco na Ilha Fanning, a cerca de 1.287 km ao sul do Hawaí.

Como a Ilha Fanning está a 321 km da faixa de terra mais próxima, isso exigiria que uma equipe de resgate pudesse descer de pára-quedas sobre ela, tendo treinamento médico para tratar o homem ferido e ser capaz de operar seu pequeno barco. Quatro SEALs da marinha foram selecionados e voaram para o local. Cada soldado carregava aproximadamente 22 kg de suprimentos médicos e provisões quando desceram de pára-quedas na lagoa onde o barco estava ancorado.

O soldado com treinamento médico cuidou do ferimento do homem, que era resultado da perfuração e tinha ficado muito infeccionado. Como a ilha era muito pequena para pousar um avião e muito longe para voar com um helicóptero, tiveram que navegar com o barco do homem para a Ilha do Natal, a 321 km de distância.

Após 36 horas de tratamento, a infecção ainda estava se espalhando pela perna do homem. Com sua situação piorando, os SEALs entraram em contato com a Guarda Costeira para que suprimentos médicos adicionais fossem jogados por ar para eles antes que chegassem à Ilha do Natal. Os médicos do Exército voaram para a Christmas Island para ficarem prontos para tratar o homem quando os SEALs chegassem. Fortes ventos e águas violentas retardaram seu progresso, mas finalmente os SEALs conseguiram. Os médicos do Exército puderam tratar a ferida e a missão foi relatada como um enorme sucesso. Se os SEALs não tivessem podido chegar até o homem tão rapidamente, o resultado teria sido muito diferente.

Como profissionais em qualquer outro campo, os SEALs só podem realizar suas tarefas com êxito se tiverem as ferramentas adequadas. Suas armas, veículos e outros equipamentos podem ajudá-los não apenas a realizar suas missões, mas também a sair vivos delas.

Vestuário

Não é incomum para os SEALs precisarem de vestuário para variadas temperaturas e tarefas. Por exemplo, quando estão nadando em uma missão, o soldado pode precisar de equipamento para temperaturas de água extremamente frias, bem como para temperaturas terrestres mais quentes. Para a água fria, o vestuário deve evitar a perda de calor resultante de todas as fontes, incluindo radiação e evaporação. O SEAL deve freqüentemente gerar calor através de atividade física e ventilá-lo se ele se movimentar para um local mais quente ou começar a superaquecer devido ao extremo do esforço. As camadas e a ventilação permitem a refrigeração e ajudam a evitar que a transpiração deixe as roupas úmidas.

Armas

Usam pistolas como a SIG Sauer P226 de 9mm e a pistola ofensiva calibre 45 MK23 MOD 0 (em inglês) com um silenciador e módulo de mira a laser.

Usam rifles como a carabina automática M4A1 5,56mm e a AK-47(sites em inglês). Também usam escopetas, metralhadoras (em inglês) - MK43 e M2HB - e a série de submetralhadoras de 9mm HK MP5 (em inglês) entre outras. Adicione a essa lista rifles de franco-atirador como o M88 .50 PIP e o rifle de franco-atirador M-14, junto com lançadores de granadas, morteiros e foguetes antitanque AT4 (em inglês) e os SEALs podem escolher uma arma adequada à tarefa específica em suas mãos.

Cada veículo que os SEALs da Marinha utilizam para transportar as equipes e unidades para seu destino têm um benefício e utilidade específicos.

Um tipo de veículo é o SEAL Delivery Vehicle. São veículos que operam abaixo da superfície da água para levar soldados e seus equipamentos para sua área de missão. A tripulação usa aparelhos de respiração subaquática enquanto navegam o SDV submerso para o destino. Ficando completamente submerso o tempo todo, alguns modelos de SDVs podem entregar vários soldados em sua área de missão, permanecer na área enquanto concluem a missão e então devolvê-los ao seu navio.

Há várias embarcações de superfície primárias. Elas incluem o CRRC, o SOC-R, o RHIB de 11 metros e o MK V.

A Embarcação de Operações Especiais MK V (SOC) é a mais versátil embarcação combatente de alto-desempenho no inventário de Guerra Especial Naval. É usada principalmente em transporte oceânico de médio alcance de nadadores de combate do SEAL em ambientes onde a ameaça é de baixa a média. Também é usado para algumas operações de patrulha costeira e interdição marítima, como destruir uma linha de suprimentos inimiga. O MK V pode operar a partir de instalações costeiras ou de navios especialmente equipados.

O Bote Inflável de Casco Rígido (RHIB) de NSW é uma embarcação de 11 metros, alta velocidade, alta-flutuação, e temperaturas extremas usadas para movimentar elementos táticos do SEAL de e para o navio e praias. É grande o suficiente para transportar um esquadrão SEAL inteiro.

A Embarcação de Operações Especiais Fluvial (SOC-R) é a mais recente embarcação de superfície de Guerra Especial Naval. É usada em ambientes fluviais e tem uma velocidade máxima de 77 km/h. Suporta até 9.300kg de pessoal e carga e é bem adequado para vias aquáticas interiores. O SOC-R pode ser transportado pela aeronave de carga da Força Aérea Norte-Americana e por helicóptero.

O Combat Rubber Raiding Craft (CRRC) é um barco de borracha inflável de 4,5m, extremamente reforçado que é útil em muitas missões. Esse é o mesmo que os recrutas carregam sobre suas cabeças durante o treinamento BUD/S (freqüentemente chamado de Zodiac - a Zodiac fabrica o CRRC). No posicionamento tático, é usado para transporte e para liberar e resgatar SEALs levemente armados em praias e rios.

É fácil para os SEALs movimentarem este barco e também pode ser lançado do ar como um pato de borracha.
SCUBA

Sistema de circuito aberto

Um sistema de circuito aberto é o sistema de respiração típico, onde o mergulhador respira o ar de um tanque de suprimento e exala na água.

Sistema de oxigênio em circuito fechado
Com este tipo de sistema, o mergulhador respira 100% de oxigênio e sua respiração exalada é recirculada dentro do aparelho, onde é filtrada e transformada novamente em ar respirável. Este sistema é útil para o trabalho em água rasa.

O tempo do oxigênio é reduzido à medida que a água esfria. Para mergulho em água extremamente fria, os SEALs devem usar roupas secas e uma versão especialmente adaptada do reciclador de ar exalado Dragger LarV - um tubo de oxigênio maior permite que o mergulhador respire sob a água por um período de tempo maior.

Sistema de gás misturado em circuito fechado
Este sistema é similar ao sistema de oxigênio de circuito fechado descrito acima, mas o oxigênio é misturado com ar para manter um determinado nível de "pressão parcial do oxigênio" (PPO2). Isso aumenta a profundidade na qual um SEAL pode mergulhar e a extensão de tempo em que pode permanecer lá.

Quando os soldados chegam do ar, freqüentemente estão indo a locais de acesso extremamente difíceis. Neste caso, podem saltar de um avião para o oceano com seu Zodiac, descer de pára-quedas na área ou usar técnicas de "fast-rope" (descida rápida por cabo) e rapel.

Ao descer de pára-quedas, os SEALs usam técnicas de cabo estático ou queda livre. As técnicas de queda livre incluem saltos de alta altitude/baixa abertura (HALO, High Altitude/Low Opening) e os saltos de alta altitude/alta abertura (HAHO, High Altitude/High Opening) mais difíceis (veja o Navy SEALs.com: equipamento aéreo (em inglês) para aprender sobre esses tipos de saltos). O salto de alta altitude requer oxigênio e equipamento especial para garantir que o pára-quedas abra no caso de o saltador desmaiar, o que não é tão incomum para saltos de alta altitude. Os óculos de proteção podem se estilhaçar devido ao frio, e os olhos podem congelar fechados, tornando a queda ainda mais perigosa. Um dispositivo chamado FF2 (em inglês) ativará automaticamente a corda de abertura do saltador se o pára-quedas não abrir a uma altitude pré-definida.

Os saltos HAHO, onde os pára-quedas são desdobrados poucos segundos após o salto e os SEALs formam uma "pilha" para ficarem juntos, os mantêm em um grupo coeso quando pousam. Essa é uma manobra difícil que requer muito treinamento como equipe. O homem mais abaixo na formação usa uma bússola e pontos de referência para dirigi-los a seu destino.

As técnicas de fast-rope e rapel requerem que os helicópteros deixem os SEALs por meio de um cabo em seu local. A descida rápida por cabo é uma técnica de descida através da qual um cabo de 15 a 27 metros é lançado do helicóptero, e os SEALs deslizam cabo abaixo usando um arnês de assento suíço. Para frear, aplicam suas mãos em um movimento de torcer uma toalha - usar os pés para frear poderia danificar a corda.

Uma vez que os SEALs estejam no chão, seu equipamento e sua vestimenta, devem se adequar ao ambiente em particular. Equipamento de escalada de montanhas, sapatos de neve, equipamento de navegação em terra e os veículos corretos são todos essenciais para seu sucesso.

A instalação de redes de camuflagem em ambientes desérticos onde há pouca ou nenhuma ocultabilidade natural pode evitar que os SEALs se tornem um alvo inimigo. Os óculos de proteção contra pó evitam a cegueira pela areia no ar, e os sacos de água CamelBak (em inglês) permitem que bebam enquanto a camuflagem permite que utilizem as mãos.

As operações em floresta ou áreas cobertas de árvores necessitam de facões para liberar a densa folhagem, bem como aplicação de redes especiais e macas para proteger contra mordidas de insetos potencialmente letais.

Em todos os tipos de ambientes, os SEALs carregam um mapa, uma bússola e um receptor de GPS portátil.

A Guerra Especial Naval é compota de equipes SEAL, Equipes de SEAL Delivery Vehicle e Equipes de Barcos Especiais que são todos posicionados mundialmente para uma variedade de operações.

Equipes e pelotões

Há oito equipes SEAL. Cada equipe tem seis pelotões e um elemento no quartel-general. Os pelotões SEAL consistem em 16 SEALs - dois oficiais, um chefe e 13 homens alistados. Um pelotão geralmente é o maior elemento operacional designado para uma missão. O pelotão também pode ser dividido em dois esquadrões ou quatro elementos. Cada membro de um pelotão SEAL é qualificado em mergulho, pára-quedismo e demolições.

As equipes são divididas entre a Costa Leste e a Costa Oeste dos Estados Unidos. As equipes de número ímpar ficam sob o comando do Grupo 1 de Guerra Especial Naval (em inglês) e estão localizados na Costa Oeste em Coronada, Califórnia. As equipes de número par ficam sob o comando do Grupo 2 de Guerra Especial Naval e estão localizados na Costa Leste em Little Creek, Virgínia.

Equipes SDV e unidades NSW

Há outras equipes especializadas de SEALs chamados equipes de SEAL Delivery Vehicle (SDVT). As equipes SDV operam em áreas muito distantes para um SEAL nadar e carregar equipamento. Usando embarcação SDV subaquática, essas equipes aumentam as áreas nas quais os SEALs podem operar. As equipes SDV usualmente são posicionadas em submarinos, mas também podem ser de estações costeiras ou navios superficiais.

Há duas equipes SDV. A Equipe de SEAL Delivery Vehicle One (SDVT-1) está localizada em Pearl Harbor, Havaí, e opera no Pacífico e áreas geográficas centrais. A Equipe de SEAL Delivery Vehicle TWO (SDVT-2) está localizada em Little Creek, Virgínia, e conduz operações em todo o Atlântico, áreas ao Sul e Européias.

Também há Unidades de Guerra Especial Naval localizadas ao redor do mundo. Essas unidades têm várias responsabilidades, incluindo atuação como comandos de treinamento para SEALs e planejamento, coordenação e suporte de atividades de pelotões do SEAL.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Estados Unidos já instalou Um sistema de Defesa Nacional contra Mísseis (NMD) escudo contra mísseis intercontinentais balísticos no Espaço e terra !














Um sistema de Defesa Nacional contra Mísseis (NMD) tem sido o centro de muitos debates nos Estados Unidos há mais de meio século. Conforme seus defensores, tal sistema forneceria uma espécie de escudo protetor contra ataque de mísseis. Em 1999, o Congresso dos EUA decidiu que a época de conversações tinha acabado: aprovaram uma lei pedindo a implementação do sistema NMD para defender os Estados Unidos contra o crescente número de países que estão desenvolvendo tecnologias de mísseis de longo alcance.

"O Estados Unidos já intalou um escudo contra mísseis intercontinentais balísticos no alasca e europa!"

Durante a campanha para as eleições presidenciais de 2000, George W. Bush deixou claro que apoiaria firmemente um programa NMD, mesmo às custas de prejudicar as relações EUA-Rússia. A Rússia protestou contra os planos do governo norte-americano para o escudo nacional contra mísseis. Desde que assumiu a presidência, Bush e o Secretário da Defesa Donald Rumsfeld avançaram com os planos para montar um sistema de defesa antimísseis de US$ 30,2 bilhões.

Neste artigo, examinaremos os planos do Departamento da Defesa dos EUA e veremos em detalhes de como o sistema NMD radar e a interceptação de armamento funcionarão.
Antecipando-se a ataques.O sistema NMD que está sendo desenvolvido atualmente é uma versão menor do sistema de defesa antimísseis proposto pelo presidente Reagan. Os Estados Unidos estão trabalhando em um sistema de defesa antimísseis baseado no solo, que possa responder a um ataque limitado de mísseis. Neste sistema NMD, há cinco partes:

* radar de aperfeiçoado de alerta antecipado (UEWR)
* radar de banda X baseado no solo (XBR)
* sistema infravermelho baseado no espaço (SBIRS)
* gerenciamento, comando, controle e comunicações durante a batalha (BMC3)
* interceptadores baseados no solo (GBIs)

A primeira parte do NMD envolverá a detecção do lançamento de mísseis inimigos e também o rastreamento desses mísseis. Os dados capturados por um sistema de radar e satélites serão enviados de volta para o pessoal do BMC3, que tomará as medidas apropriadas. Vamos dar uma olhada nos três componentes do sistema de detecção e rastreamento do NMD.

* Radar aperfeiçoado de alerta antecipado (UEWR) - este é um radar de vigilância por matriz de fases que pode detectar e rastrear mísseis balísticos. O NMD usará versões aperfeiçoadas de radares de alerta antecipado de ultra-alta freqüência. Modificações de hardware, incluindo a substituição de computadores existentes, telas gráficas, equipamento de comunicações e receptor/excitador de radar, também farão parte do EWR. Os UEWRs serão usados para detectar e rastrear mísseis e outros projéteis durante a fase média da trajetória, antes da indicação mais precisa do radar de banda X.

* Radar de banda X baseado no solo (XBR) - consiste em um radar multi-função por matriz de fases que usa alta freqüência e tecnologia avançada de processamento de sinais de radar. O XBR rastreará mísseis quando eles estiverem voando mais perto dos Estados Unidos e avalia que mísseis são chamarizes e quais estão armados com ogivas. Ele é equipado com um radar de alta resolução que permite que ele perceba de maneira precisa entre objetos muito próximos. O radar XBR tem um campo de visão de 50 graus e pode girar 360 graus para rastrear alvos. Ele transmitirá um padrão de radiação em um feixe estreito composto por pulsos eletromagnéticos. A estação local de radar consiste em um radar de banda X montado em um pedestal, uma instalação de controle e manutenção, uma instalação de geração de energia e uma área protegida de 150 m. A estação local XBR terá cerca de 7,66 hectares.

* Sistema infravermelho baseado no espaço (SBIRS) - os satélites SBIRS estão em um plano de desenvolvimento de 10 anos e espera-se que sejam incluídos no sistema de 3 a 4 anos após o NMD se tornar operacional. Esses satélites substituirão os atuais do Programa de Apoio à Defesa (DSP). Há três tipos de satélites SBIRS, incluindo quatro satélites em órbita terrestre geostacionária (GEO), dois satélites em órbita altamente elíptica (HEO) e um número não especificado de satélites em órbita terrestre baixa (LEO). Eventualmente, haverá um conjunto de 24 satélites que rastrearão mísseis inimigos antes do radar, permitindo uma resposta mais rápida.

Assim que o radar tiver determinado que um míssil inimigo foi lançado e tem os Estados Unidos como alvo, a próxima fase é disparar um ou mais dos cem mísseis interceptadores para destruir o míssil balístico inimigo antes que ele entre no espaço aéreo norte-americano. Na próxima seção, você aprenderá como esses interceptadores localizarão e destruirão mísseis inimigos.

A concepção de um sistema NMD é fornecer o tipo de escudo que proteja contra um ataque pequeno com mísseis balísticos. O rastreamento de mísseis inimigos por radar está indo muito bem, mas o problema do sistema NMD é atingi-los e derrubá-los antes que cheguem ao espaço aéreo dos EUA. Essa não será uma tarefa fácil para as forças armadas americanas e ainda há muitos testes a serem feitos. Vamos dar uma olhada em alguns interceptadores do NMD baseados no solo.

Veículo com carga útil lançado das instalações de mísseis do Exército em Kwajalein, na área central do Oceano Pacifico, durante o teste 5 de vôo integrado em 8 de julho de 2000. Esse teste, em particular, não foi bem sucedido.

Os interceptadores baseados no solo possuem duas partes:

* Carga útil (PLV) - foram efetuados testes de vôo com um PLV projetado pela Lockheed Martin (em inglês). Consiste no segundo e terceiro estágios de lançadores Minuteman II desativados. O PLV Minuteman II será substituído posteriormente por um modelo mais avançado para permitir cobertura de todo os Estados Unidos. Além dos dois estágios do lançador no PLV, também há uma cobertura da carga útil presa à ponta. A cobertura da carga útil contém o EKV.

* Veículo de destruição fora da atmosfera (EKV) - o veículo de destruição é o projétil do sistema de armas do NMD. Esse dispositivo destina-se a colidir com o míssil visado a uma velocidade 24.140 kph. A força do impacto deve destruir qualquer míssil balístico, conforme funcionários da área da defesa

O gerenciamento, comando, controle e comunicações durante a batalha (BMC3) é o centro do sistema NMD. Ele começa a rastrear o míssil balístico supostamente ameaçador assim que o míssil é lançado por um inimigo. Informações sobre o míssil inimigo, incluindo trajetória e provável ponto de impacto, são retransmitidas para o BMC3 de sensores baseados no espaço e de radares baseados no solo. Em menos de vinte minutos após o lançamento do míssil inimigo, um interceptador decola. Esse interceptador é programado com informações obtidas pelo radar.
Cerca de dois minutos e meio após o lançamento, o veículo de destruição se separa do lançador. Pouco antes dessa separação, o veículo de destruição receberá uma atualização final acerca do alvo. O veículo de destruição estará a cerca de 2.253 km de distância de seu alvo quando separado. Então, ele iniciará um conjunto de manobras para calibrar seus sensores.

Depois que o EKV tiver terminado a calibração, ele fará a procura, a aquisição e se guiará em direção ao alvo sem qualquer orientação ou comunicação externa. Isso ocorre cerca de 6 minutos após o lançamento. Então, o EKV traça um centro de alvo figurado no ICBM visado e inicia um curso de colisão. Se tudo ocorrer conforme o planejado, ele colidirá com o alvo a 193 km acima da Terra.
O processo de apontar com precisão, mirar um interceptador contra ele e destruir o alvo é muito complexo. Há muitos componentes que precisam ser coordenados em tempo real e todo o procedimento é concluído em menos de 30 minutos após o lançamento do míssil inimigo. Alguns críticos dizem que o sistema é complexo demais para funcionar de maneira efetiva. Os militares têm obtido sucessos relativos nos testes realizados.

A idéia de um escudo antimísseis recebeu muita atenção há cerca de vinte anos, quando o então presidente Ronald Reagan propôs sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI). A SDI exigia a instalação de armas baseadas no espaço, que derrubariam mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs). O uso proposto de armas laser e veículos espaciais levou a imprensa e os críticos a apelidar o sistema de "Guerra nas estrelas". Apesar do ambicioso plano de defesa de Reagan ter enfocado a atenção do mundo em sistemas antimísseis, as origens desses sistemas datam do início da Guerra Fria (em inglês). Em 1946, após a descoberta do programa de mísseis dos nazistas, que incluía planos para lançar ICBMs contra a cidade de Nova York, o Exército começou a estudar mísseis interceptadores que poderiam destruir os mísseis inimigos que estivessem a caminho. Em 1961, o Exército conseguiu a primeira interceptação bem sucedida de uma ogiva simulada de ICBM, o que levou a maiores pressões para a instalação de um escudo de defesa nacional. Seis anos depois, foi instalado o primeiro programa de defesa antimísseis, chamado de Sentinela.
Em 1968, o presidente Richard Nixon mudou o foco do sistema Sentinela para proteger as forças de dissuasão dos EUA. O sistema teve seu nome mudado para Salvaguarda. Os interceptadores do Salvaguarda foram projetados para transportar ogivas para destruir os veículos de reentrada dos ICBMs.

As negociações entre Estados Unidos e União Soviética sobre a proliferação de armas acabou no Tratado contra os Mísseis Balísticos (ABM), de 1972. O tratado ABM baniu sistemas nacionais de defesa contra mísseis e era destinado a impedir uma maior escalada na corrida armamentista entre os dois países. Por esse tratado, os EUA e a União Soviética concordaram em limitar os sistemas de defesa contra mísseis a dois locais por país, com 100 interceptadores cada. O número de locais foi reduzido para um em 1974. Os Estados Unidos escolheram seu local em Grand Forks, Dakota do Norte, mas o fecharam em 1976.

O tratado ABM precisa ser alterado caso os EUA pretendam instalar um escudo nacional contra mísseis. Durante a campanha presidencial das eleições de 2000, o presidente Bush disse que instalaria um sistema nacional de defesa antimísseis, mesmo colocando em risco as relações com a Rússia. Ele disse que se esforçaria para emendar o tratado ABM, mas que retiraria os Estados Unidos do tratado se fosse necessário. O Secretario da Defesa, Rumsfeld disse que o tratado ABM está desatualizado porque, desde que ele foi assinado, muitas outras nações desenvolveram tecnologia de mísseis de longo alcance.

No final dos anos 70 e início dos anos 80, os militares voltaram a atenção para o desenvolvimento de sistemas de defesa antimísseis que não dependessem de interceptadores equipados com ogivas. Para isso, os EUA desenvolveram um sistema de sensores e orientação que permitia que um interceptador colidisse com a ogiva inimiga. Essa tecnologia foi demonstrada em 1984 (um ano antes, o presidente Reagan tinha anunciado sua Iniciativa de Defesa Estratégica - SDI - em uma cadeia nacional de televisão).

Após o fim da Guerra Fria, algumas pessoas sugeriram que os planos da SDI de Reagan não eram mais necessários. Em 1991, o presidente George Bush lançou um sistema revisado de defesa contra mísseis que usaria foguetes interceptadores com base no solo. Nesse mesmo ano, o mundo viu o primeiro choque entre um míssil e a um sistema de defesa contra mísseis, durante a Guerra do Golfo, quando um míssil Patriot dos EUA destruiu um míssil Scud iraquiano. Os planos de Bush se constituíram no fundamento para o sistema que agora está sendo apoiado por seu filho, George W. Bush.
Em 1998, uma comissão do Congresso publicou o Relatório Rumsfeld, que dizia que diversos países teriam a capacidade de atingir o território continental dos EUA em até 10 anos. Seis semanas após a publicação do relatório, a Coréia do Norte testou um míssil de três estágios que passou sobre o Japão. O teste da Coréia do Norte levou o Congresso dos EUA a aprovar a lei de Defesa Nacional contra Mísseis, de 1999, que obrigou os Estados Unidos a instalar um escudo antimísseis. O NMD está projetado para entrar em operação em 2005.

Pelo menos em termos nucleares, o mundo agora é muito mais complexo do que era durante a Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética, agora Rússia, eram os dois únicos países que possuíam armas nucleares. Atualmente, muitas outras nações podem ter a capacidade de lançar mísseis nucleares de longo alcance.
Para combater um possível ataque nuclear, os Estados Unidos têm desenvolvido um sistema de defesa contra mísseis baseados no espaço, nas últimas duas décadas. Este sistema de defesa começou na administração do antigo presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI) exigiu o desenvolvimento de armas a laser para orbitar a terra e derrubar os mísseis balísticos. Neste momento, fala-se sobre os Estados Unidos estarem desenvolvendo uma quinta divisão militar, talvez chamada de Força Espacial, que assumiria a parte que a Força Aérea está deixando.

vamos ver como algumas guerras já estão sendo feitas via satélite e as tecnologias que estão sendo desenvolvidas para realizar as guerras no espaço!

Antes da Primeira Guerra Mundial era quase uma necessidade os exércitos defenderem sua base, dominando seus oponentes em cima de uma colina, para conseguir ganhar as batalhas. Conseguir uma localização mais alta deu aos exércitos no topo da colina a vantagem de abater o exército oponente, que tinha que subir uma colina e, ao mesmo tempo, se defender das balas. Historicamente, os exércitos com a vantagem de estarem no ponto mais alto sempre venceram mais vezes.

A nova base alta é o espaço. Os Estados Unidos, atualmente, usam o espaço de modo passivo durante um combate; portanto, vamos olhar para o espaço primeiramente por esse ângulo.

Em 1991, os Estados Unidos e seus aliados usaram uma tecnologia de satélite sofisticada para localizar alvos iraquianos durante a Guerra do Golfo Pérsico. Satélites inteligentes forneceram às forças americanas uma visão sem precedentes do campo de batalha, mostrando todos os movimentos que os iraquianos faziam durante a guerra. Com a vasta extensão da paisagem deserta para fornecer visibilidade, as imagens do satélite tornaram-se a principal fonte de informações sobre o exército iraquiano.

Os satélites também foram uma ferramenta valiosa para o desdobramento das tropas durante a Guerra do Golfo Pérsico. Uma constelação de satélites orbitando a Terra, conhecida como Sistema de Posicionamento Global (GPS), foi usada pelos soldados no solo para determinar sua localização. Esses 24 satélites forneceram a longitude, latitude e altitude dos soldados americanos portando receptores GPS no campo de batalha. O deserto aberto era o local ideal para usar os satélites GPS, porque existiam muito poucos objetos naturais ao redor para interferir com os sinais dos satélites. Em combinação com as imagens dos satélites espiões que estavam rastreando as tropas inimigas, o GPS deu aos Estados Unidos e seus aliados a vantagem de saber exatamente onde posicionar suas tropas para tirar o máximo proveito da situação.
A próxima fronteira no espaço é muito mais ativa: sistemas de armas com satélites projetados para derrubar mísseis nucleares.

Em maio de 1983, Reagan propôs sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI), agora denominada Defesa contra mísseis balísticos, que exigia satélites equipados com laser para derrubar mísseis balísticos intercontinentais (ICBM). Os ICBMs têm um alcance de mais de 10.000 km. A essa distância, um ICBM disparado da Coréia do Norte poderia atingir facilmente Honolulu ou Los Angeles. O SDI de Reagan, também conhecido como "Guerra nas Estrelas," foi projetado para fornecer um guarda-chuva de proteção contra ataques de mísseis. Os satélites do SDI iriam rastrear um míssil a partir do lançamento e o derrubariam com lasers antes mesmo de o míssil deixar o espaço aéreo do país do qual foi lançado. O trabalho sobre o laser baseado no espaço da Defesa contra Míssil Balístico está em andamento, apesar de algumas críticas internacionais. O projeto continuou a receber US$ 4 bilhões por ano e, recentemente, recebeu um orçamento extra de US$ 6,6 bilhões no ano de 2005.

O Comando Espacial dos Estados Unidos não esconde o fato de que quer estabelecer a supremacia americana no espaço. Em seu relatório Visão para 2020, o Comando Espacial enfatiza que as forças militares sempre incentivaram a proteção dos interesses nacionais, tanto militares como econômicas. O relatório sugere que as armas espaciais devem ser desenvolvidas para proteger os satélites americanos e outros veículos espaciais, enquanto os outros países desenvolvem a capacidade de lançar naves espaciais. Em 1997, o secretário assistente da Força Aérea do Espaço, Keith R. Hall, disse: "com relação ao domínio do espaço, nós o temos, gostamos dele e pretendemos conservá-lo". O Pentágono falou que à medida que as empresas espaciais começarem a ganhar vantagens comerciais, haverá aqueles que tentarão tirar algum lucro atacando aquelas empresas espaciais. Veja abaixo algumas armas espaciais atualmente em desenvolvimento:

* lasers químicos;
* feixes de partículas;
* aviões espaciais militares.

Existem, pelo menos, 3 sistemas a laser sendo desenvolvidos para armas baseadas no espaço e na terra. Os 3 são um tipo de laser químico que envolve a mistura de químicas dentro da arma para criar o feixe de laser. Embora o sistema a laser baseado no espaço ainda tenha que esperar, aproximadamente, 20 anos para ser lançado, existem 3 lasers sendo considerados, incluindo o fluoreto de hidrogênio (HF), o fluoreto de deutério (DF) e o iodo oxigênio químico (COIL).

Em um relatório de 1998, com o título Armas a laser no espaço: uma avaliação crítica, o tenente coronel William H. Possel, da Força Aérea dos Estados Unidos, comparou o funcionamento do sistema a laser de fluoreto de hidrogênio com o modo como um motor de foguete funciona. O flúor atômico reage com o hidrogênio molecular para produzir moléculas excitadas de fluoreto de hidrogênio. Essa reação cria um comprimento de onda entre 2,7 e 2,9 microns. Nesse comprimento de onda, o feixe de laser de fluoreto de hidrogênio seria absorvido pela atmosfera da Terra, o que significa que ele deverá ser usado no "combate espaço a espaço" como parte do programa de laser baseado no espaço. A Organização de Defesa contra Míssil Balístico já demonstrou um laser de fluoreto de hidrogênio com potência em megawatts em um ambiente espacial simulado.

Um outro laser, similar ao sistema de fluoreto de hidrogênio, é o sistema laser de fluoreto de deutério. Em vez de usar o hidrogênio molecular, o deutério é usado para reagir com o fluoreto atômico. Como os átomos de deutério têm mais massa do que os átomos de hidrogênio, esse laser tem um comprimento de onda de, aproximadamente, 3,5 microns e pode transmitir melhor através da atmosfera. Em 1980, a TRW (em inglês) demonstrou um laser de fluoreto de deutério chamado Laser Químico Avançado Infravermelho Médio (MIRACL), que pode produzir mais de um megawatt de potência. Esse tipo de sistema a laser foi usado em testes para abater um foguete na Base de Mísseis de White Sands, em 1996.

O terceiro tipo de laser químico que poderá ser usado na defesa contra mísseis balísticos é o laser de iodo de oxigênio químico (COIL), que foi apresentado em 1978. Nesse sistema a laser, uma reação gerada entre o cloro e o peróxido de hidrogênio excita átomos de oxigênio que transferem sua energia aos átomos de iodo. Essa transferência de energia faz com que os átomos de iodo fiquem excitados, criando um laser com um comprimento de onda de, aproximadamente, 1,3 microns, menor do que os 2 lasers mencionados anteriormente. Esse comprimento de onda menor significa que uma ótica menor pode ser usada para desenvolver um sistema de laser baseado no espaço. Em 1996, a TRW testou um laser COIL que produziu um feixe com centenas de kilowatts de potência e durou vários segundos. Até agora, esse é o mais promissor dos lasers baseados no espaço em desenvolvimento.

Um dos problemas com lasers baseados no espaço é que eles teriam que ser fixados a um satélite em movimento quando fossem tentar atingir um outro objeto em movimento a milhares de quilômetros por hora. Imagine, a bordo de um jato supersônico, tentar atirar em um pássaro. O laser e o objeto a ser atingido estariam viajando em velocidades diferentes, tornando o tiro quase impossível. Essa é a razão por que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos também está considerando uma arma de feixe de partículas, que seria capaz de disparar feixes de partículas subatômicas, muito perto da velocidade da luz, em um alvo militar. Se um feixe pudesse ser disparado a essas velocidades, ele deveria, de qualquer modo, congelar o objeto alvo.

A arma de feixe de partículas seria capaz de gerar uma potência muitas vezes mais destrutiva do que qualquer laser em desenvolvimento. Essa arma seria composta, essencialmente, de duas partes: uma fonte de potência e um túnel de aceleração. Se uma arma de feixe de partículas funcional pudesse ser construída, usaria sua fonte de potência para acelerar elétrons, prótons ou átomos de hidrogênio através do túnel, o qual concentraria essas partículas carregadas em um feixe que seria disparado no alvo.

Os "dardos" de energia disparados da arma de feixe de partículas entrariam nos materiais do alvo, passando a energia para os átomos que compõem o alvo. Esse impacto seria como uma bola branca de sinuca atingindo um grupo de bolas na mesa de bilhar. O aumento rápido da temperatura do objeto alvo faria o objeto explodir em questão de segundos após o impacto.

O maior obstáculo no desenvolvimento da arma de feixe de partículas funcional tem sido a criação de uma fonte de potência que seja leve o suficiente para ser colocada no espaço e que possa produzir milhões de eletro-volts de potência e dezenas de megawatts de potência do feixe. Uma estação de potência convencional seria capaz de atender essas exigências de potência, mas seria grande demais para colocar em órbita. Até agora, os cientistas não foram capazes de desenvolver uma fonte adequada e de baixo peso que possa atender essas exigências.

O avião espacial X-33 pode ser usado para combate militar no espaço
Uma terceira arma espacial em desenvolvimento é o avião espacial militar. Um acordo mútuo entre a NASA e a Força Aérea está tentando desenvolver um avião espacial denominado X-33. Embora o presidente Clinton tenha vetado a parte da Força Aérea do avião espacial militar em 1998, a NASA continuou o desenvolvimento por razões não militares. Se a Força Aérea tivesse que retomar o desenvolvimento do avião espacial em uma data posterior, poderia usar o veículo para controlar o espaço tanto ofensiva como defensivamente.

Atualmente, existem vários acordos internacionais proibindo a colocação de tais armas no espaço. Um desses acordos é o "Tratado do Espaço Exterior", de 1967, que engloba o espaço exterior, a Lua e outros corpos celestes. O único furo desse tratado é que ele não fala nada a respeito da área imediatamente acima da Terra, onde a maioria dos satélites fica em órbita. No entanto, o tratado proíbe a colocação de armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, na órbita da Terra. Mas, a questão é: as armas a laser ou de feixe de partículas são de destruição em massa? O tratado ainda proíbe a construção de bases e fortificações militares em qualquer corpo celeste, inclusive a Lua.

Em novembro de 1999, 138 membros das Nações Unidas votaram para ratificar o Tratado do Espaço Exterior. Somente os Estados Unidos e Israel abstiveram-se do voto. Com base nesse voto, que sustentou o veto às armas no espaço, parece que as armas espaciais permanecerão suspensas, por enquanto. Sendo assim, pensamentos a respeito de armas do tipo Estrela da Morte e aviões de combate X-Wing, combatendo a milhares de quilômetros no espaço, terão que esperar um bom tempo.