Total de visualizações de página

domingo, 15 de maio de 2011

Aviões espiões e satélites espiões; lasers químicos, feixes de partículas "dardos de energia", aviões espaciais militares.











Não deveria nos surpreender que os países estejam sempre de olho no que os outros países estão fazendo. Normalmente, essas atividades de vigilância passam despercebidas pelo público geral - obviamente, missões de reconhecimento não são muito divulgadas.

avião de vigilância altamente sofisticado, o EP-3E ARIES II (Airborne Reconnaissance Integrated Electronic System II - Sistema Aéreo Eletrônico Integrado de Reconhecimento II) e ver como ele coleta informações.
Escuta
Oficiais militares comparam o EP-3E a um aspirador de pó no céu, utilizando equipamento moderno para sugar comunicações eletrônicas como chamadas telefônicas, e-mail, sinais de relay avião-base, fax e transmissões via satélite Basicamente, a principal função de um avião de vigilância é escutar áreas alvo em segredo, processar o que encontrou e enviar a informação para os comandantes militares americanos.

O EP-3E é equipado com alguns dos mais avançados equipamentos de vigilância do mundo. A maioria dos sistemas do avião é confidencial, mas existem algumas informações conhecidas sobre o equipamento de vigilância.

Imagem cedida pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Um radome é anexado à barriga do avião espião

O avião é equipado com sensores, receptores e antenas parabólicas para capturar os sinais eletrônicos. Existem dois compartimentos, um no topo do avião e outro sob ele, que abriga as antenas. O EP-3E também é equipado com uma antena de radar AN/APX-134 e um radome, que estão localizados em um compartimento de carga especialmente modificado, segundo o site GlobalSecurity.org (em inglês). O radome é um compartimento em forma de cúpula localizado embaixo do avião. Ele abriga a antena de radar e é transparente à radiação de radiofreqüência.

O avião e a tripulação
Nos anos 90 a marinha converteu 12 Lockheed-Martin (em inglês) P-3Cs em aeronaves EP-3E ARIES II. Esses novos aviões foram projetados para substituir o ultrapassado ARIES I, que foi construído no final dos anos 60 e início dos anos 70. As modificações no EP-3E começaram em 1996 e a última aeronave foi entregue em 1997. Os EP-3Es têm sido usados para reconhecimento em auxílio a diversas operações militares, incluindo as forças da OTAN na Bósnia e forças conjuntas na Coréia.

O EP-3E possui quatro motores turbopropulsores Allison T56-A14, cada um gerando 4.900 cavalos de força no eixo para empurrar o avião em uma velocidade de cruzeiro de cerca de 550Km/h. Os quatro propulsores, Hamilton-Standard 54H60-77s de quatro lâminas, convertem o cavalo de força do eixo do motor em propulsão. O avião é construído com cinco tanques de combustível, quatro tanques de asa e um tanque auxiliar, que é um tanque em estilo de uma bexiga localizado na fuselagem mais baixa.
EP-3E Aries II
Envergadura de asa

30,36 metros
Altura

10,42 metros
Comprimento

32,28 metros
Motores

4 motores turbopropulsores Allison T56-A14
Tripulação

24 passageiros
Alcance

4828 km ou 12 horas
Velocidade máx.

350 nós - 648 Km/h

O avião que não possui armas é operado por uma tripulação de 24 pessoas: são três pilotos, um navegador, três analistas táticos, um engenheiro de vôo, operadores de equipamento, técnicos e mecânicos. O avião possui 19 postos para a tripulação e uma capacidade total de 24 assentos .
Para maiores informações sobre o EP-3E Aries II e tópicos relacionados, confira os links na próxima página.

O que é um avião espião controlado à distância?

Os aviões espiões normalmente são lembrados como voando em altas altitudes, saindo de algum lugar secreto. Contudo, as forças armadas norte-americanas usam algo muito similar em conceito ao aeromodelo rádio-controlado. O que torna esses aviões não-tripulados tão especiais é que voam por controle remoto, a até 145 km/h, a uma altitude de até 3.700 metros. Eles usam um sistema de telemetria engenhoso: um piloto no solo senta-se à frente de um painel de controle muito parecido com a cabine do piloto de um avião normal! O piloto pode controlar o avião com os instrumentos exatamente como faria se estivesse pilotando um avião de tamanho normal.

Veículo aéreo não-tripulado Pioneer

O Veículo Aéreo Não-Tripulado (UAV, Unmanned Aerial Vehicle) pode ser lançado sem uma pista de decolagem, com uma decolagem assistida por foguete (RATO). Então, um motor Sachs de dois cilindros refrigerado a ar assume com 26 cavalos de potência.

Motor propelido por impulsor Pioneer

O Pioneer normalmente aterrissa em uma pista de 914 m e pode decolar em uma de 365 m, sem usar o foguete auxiliar. Quando o avião é lançado de um navio com um foguete, o controlador o recupera fazendo ele voar para dentro de uma rede de recuperação na popa de uma embarcação.
Uma cápsula aerodinâmica dotada de câmera com zoom remotamente controlado na parte inferior do avião filma em tempo real e produz imagens em infravermelho em incursões noturnas:

Câmera do Pioneer

As imagens são transmitidas à estação de solo por meio de um transmissor de Banda C/LOS. O Pioneer transmite uplinks tanto por meio de Banda C/LOS quanto UHF.

Antena de UHF do Pioneer

O Pioneer também pode ser usado para detectar ameaças atmosféricas como radiação, produtos químicos e condições climáticas. Os aviões podem ser desmontados em cerca de cinco minutos para embarque em uma aeronave tripulada e uma variedade de embarcações.
No solo ou a bordo do navio, um piloto faz a decolagem e a aterrissagem. Outro piloto faz o vôo real. Tudo por instrumentos, incluindo um medidor de combustível de leitura à distância. O sofisticado sistema eletrônico tem seu próprio dissipador de calor montado externamente, mostrado à esquerda:

Dissipador de calor no Pioneer

O que é um satélite espião e o que ele consegue espionar?

Os satélites de reconhecimento "KH" (buraco da fechadura, do inglês keyhole) classe-espião, nomeado de Kennan, orbitaram à Terra por mais de 30 anos. Normalmente, são usados para tirar fotografias aéreas para missões militares. A grande pergunta que muitas pessoas fazem é: "O que eles conseguem ver?" Um KH-12 é um satélite de US$ 1 bilhão que se assemelha ao telescópio espacial Hubble, exceto pelo fato de que ele está observando nosso planeta. Por questões de segurança, não há documentos publicados sobre a órbita da espaçonave de imagens. A eles são adicionados satélites de imagem por radar da classe Lacrosse de 15 toneladas.

Você pode pensar em um satélite KH como uma gigantesca câmera digital em órbita com uma lente incrivelmente grande. Os satélites de reconhecimento de imagens ópticas utilizam um CCD (charge-coupled-device - dispositivo de carga acoplado) para obter imagens que formem uma fotografia digital a ser transmitida à Terra de uma altitude de aproximadamente 322 quilômetros. Uma vez que os satélites estejam em órbita, eles não conseguirão pairar sobre uma determinada área ou produzir um vídeo em tempo real de um único local.

Os satélites geralmente são colocados em várias órbitas secretas pelos ônibus espaciais da NASA ou pelos foguetes Titan 4, e controlados pelo NRO (site em inglês - National Reconnaissance Office - Escritório Nacional de Reconhecimento), com sede em Chantilly, Va, EUA. As imagens digitais dos satélites são analisadas, manipuladas e combinadas por computadores poderosos na NGIA (site em inglês - National Geospatial-Intelligence Agency - Agência Nacional de Inteligência Geoespacial).
As imagens em preto e branco são usadas pelas comunidades civis e militares. Muitos dos detalhes sobre essa classe de satélites permanecem protegidos, mas sabe-se que a qualquer momento pode existir alguns deles lá em cima . Eles possuem uma resolução de imagem de 5-6 polegadas, o que significa que conseguem ver propriedades de 5 polegadas ou mais no solo. Esses satélites provavelmente não conseguem ler o número da sua casa, mas conseguem dizer se há uma bicicleta no seu quintal.

Os satélites Corona, os primeiros a fazerem o mapeamento da Terra a partir do espaço, tinham uma resolução de imagem de 6 pés. Esses satélites foram construídos por Lockheed Martin sob contrato com a CIA e a Força Aérea dos Estados Unidos, de 1960 a 1972, e, supostamente, lançados mais de 100 vezes.
Os analistas de mapeamento podem utilizar os dados do satélite para criar imagens tridimensionais de formações e estruturas do solo na Terra. Essas imagens podem fazer parte de uma negociação, enquanto os países tentam acabar com a guerra. Ou, então, como no caso do programa de televisão, as imagens podem comprovar que a promessa oficial de um governo estrangeiro sobre alguma atividade em terra não é verdadeira. A mesma tecnologia também é usada para visualizar potenciais rotas de fuga da atividade criminosa. Dizem que também foi utilizada para observar a zona vulnerável de um ônibus espacial em órbita para verificar a ausência das placas cerâmicas, necessárias para a reentrada.

Nos Estados Unidos, a Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, foi o principal local de lançamento de muitos satélites de observação durante a Guerra Fria e continua sendo até os dias atuais. Alguns satélites antigos tinham cápsulas a bordo para retornar rolos de filme à Terra. Os rolos eram apanhados no ar pelas tripulações da Força Aérea sobre o Oceano Pacífico. Desde 1958, os satélites especiais eram construídos por Lockheed Martin, e recentemente, a Boeing assinou contrato com o National Reconnaissance Office.

Como funciona a tecnologia stealth?

O artigo Como funciona o radar fala sobre os princípios básicos de um sistema de radar. A idéia é a antena de radar enviar uma rajada de energia de rádio que será refletida de volta por qualquer objeto que eventualmente encontre. A antena de radar mede o tempo que leva para o reflexo chegar - com essa informação pode dizer a que distância o objeto está.

O corpo de metal de um avião é muito bom para refletir sinais de radar e isso facilita encontrar e rastrear aviões.
O objetivo da tecnologia stealth é fazer um avião invisível ao radar. Há duas maneiras diferentes de criar invisibilidade:

* o avião pode ser configurado de modo que os sinais de radar sejam refletidos para longe do equipamento de radar;
* o avião pode ser revestido de materiais que absorvem sinais de radar.

A maior parte das aeronaves convencionais tem formato arredondado. Esse formato as torna aerodinâmicas, mas também cria um refletor de radar muito eficiente. A forma arredondada significa que não importa onde o sinal de radar atinge o avião, uma parte do sinal acaba refletida de volta:
Airplane stealth

Uma aeronave stealth, por outro lado, é composta inteiramente de superfícies planas e bordas muito agudas. Quando um sinal de radar atinge um avião stealth, o sinal reflete para longe em ângulo, desta maneira:
Stealth technology

Além disso, as superfícies de uma aeronave stealth podem ser tratadas de modo que possam também absorver energia do radar. O resultado final é que uma aeronave stealth como um F-117A pode ter a leitura no radar de um pequeno pássaro, em vez de um avião. A única exceção é quando o avião se inclina lateralmente - muitas vezes haverá um momento em que um dos painéis do avião refletirá com perfeição a rajada de energia do radar de volta para a antena.

Antes da Primeira Guerra Mundial era quase uma necessidade os exércitos defenderem sua base, dominando seus oponentes em cima de uma colina, para conseguir ganhar as batalhas. Conseguir uma localização mais alta deu aos exércitos no topo da colina a vantagem de abater o exército oponente, que tinha que subir uma colina e, ao mesmo tempo, se defender das balas. Historicamente, os exércitos com a vantagem de estarem no ponto mais alto sempre venceram mais vezes.

A nova base alta é o espaço. Os Estados Unidos, atualmente, usam o espaço de modo passivo durante um combate; portanto, vamos olhar para o espaço primeiramente por esse ângulo.

Em 1991, os Estados Unidos e seus aliados usaram uma tecnologia de satélite sofisticada para localizar alvos iraquianos durante a Guerra do Golfo Pérsico. Satélites inteligentes forneceram às forças americanas uma visão sem precedentes do campo de batalha, mostrando todos os movimentos que os iraquianos faziam durante a guerra. Com a vasta extensão da paisagem deserta para fornecer visibilidade, as imagens do satélite tornaram-se a principal fonte de informações sobre o exército iraquiano.

Os satélites também foram uma ferramenta valiosa para o desdobramento das tropas durante a Guerra do Golfo Pérsico. Uma constelação de satélites orbitando a Terra, conhecida como Sistema de Posicionamento Global (GPS), foi usada pelos soldados no solo para determinar sua localização. Esses 24 satélites forneceram a longitude, latitude e altitude dos soldados americanos portando receptores GPS no campo de batalha. O deserto aberto era o local ideal para usar os satélites GPS, porque existiam muito poucos objetos naturais ao redor para interferir com os sinais dos satélites. Em combinação com as imagens dos satélites espiões que estavam rastreando as tropas inimigas, o GPS deu aos Estados Unidos e seus aliados a vantagem de saber exatamente onde posicionar suas tropas para tirar o máximo proveito da situação.

A próxima fronteira no espaço é muito mais ativa: sistemas de armas com satélites projetados para derrubar mísseis nucleares.

Em maio de 1983, Reagan propôs sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI), agora denominada Defesa contra mísseis balísticos, que exigia satélites equipados com laser para derrubar mísseis balísticos intercontinentais (ICBM). Os ICBMs têm um alcance de mais de 10.000 km. A essa distância, um ICBM disparado da Coréia do Norte poderia atingir facilmente Honolulu ou Los Angeles. O SDI de Reagan, também conhecido como "Guerra nas Estrelas," foi projetado para fornecer um guarda-chuva de proteção contra ataques de mísseis. Os satélites do SDI iriam rastrear um míssil a partir do lançamento e o derrubariam com lasers antes mesmo de o míssil deixar o espaço aéreo do país do qual foi lançado. O trabalho sobre o laser baseado no espaço da Defesa contra Míssil Balístico está em andamento, apesar de algumas críticas internacionais. O projeto continuou a receber US$ 4 bilhões por ano e, recentemente, recebeu um orçamento extra de US$ 6,6 bilhões no ano de 2005.

O Comando Espacial dos Estados Unidos não esconde o fato de que quer estabelecer a supremacia americana no espaço. Em seu relatório Visão para 2020, o Comando Espacial enfatiza que as forças militares sempre incentivaram a proteção dos interesses nacionais, tanto militares como econômicas. O relatório sugere que as armas espaciais devem ser desenvolvidas para proteger os satélites americanos e outros veículos espaciais, enquanto os outros países desenvolvem a capacidade de lançar naves espaciais. Em 1997, o secretário assistente da Força Aérea do Espaço, Keith R. Hall, disse: "com relação ao domínio do espaço, nós o temos, gostamos dele e pretendemos conservá-lo".

O Pentágono falou que à medida que as empresas espaciais começarem a ganhar vantagens comerciais, haverá aqueles que tentarão tirar algum lucro atacando aquelas empresas espaciais. Veja abaixo algumas armas espaciais atualmente em desenvolvimento:

* lasers químicos;
* feixes de partículas;
* aviões espaciais militares.

Existem, pelo menos, 3 sistemas a laser sendo desenvolvidos para armas baseadas no espaço e na terra. Os 3 são um tipo de laser químico que envolve a mistura de químicas dentro da arma para criar o feixe de laser. Embora o sistema a laser baseado no espaço ainda tenha que esperar, aproximadamente, 20 anos para ser lançado, existem 3 lasers sendo considerados, incluindo o fluoreto de hidrogênio (HF), o fluoreto de deutério (DF) e o iodo oxigênio químico (COIL).

Desenho artístico de como um satélite equipado com laser espacial desenhado pela TRW dispara um laser em um míssil balístico de longo alcance

Em um relatório de 1998, com o título Armas a laser no espaço: uma avaliação crítica, o tenente coronel William H. Possel, da Força Aérea dos Estados Unidos, comparou o funcionamento do sistema a laser de fluoreto de hidrogênio com o modo como um motor de foguete funciona. O flúor atômico reage com o hidrogênio molecular para produzir moléculas excitadas de fluoreto de hidrogênio. Essa reação cria um comprimento de onda entre 2,7 e 2,9 microns. Nesse comprimento de onda, o feixe de laser de fluoreto de hidrogênio seria absorvido pela atmosfera da Terra, o que significa que ele deverá ser usado no "combate espaço a espaço" como parte do programa de laser baseado no espaço. A Organização de Defesa contra Míssil Balístico já demonstrou um laser de fluoreto de hidrogênio com potência em megawatts em um ambiente espacial simulado.

Um outro laser, similar ao sistema de fluoreto de hidrogênio, é o sistema laser de fluoreto de deutério. Em vez de usar o hidrogênio molecular, o deutério é usado para reagir com o fluoreto atômico. Como os átomos de deutério têm mais massa do que os átomos de hidrogênio, esse laser tem um comprimento de onda de, aproximadamente, 3,5 microns e pode transmitir melhor através da atmosfera. Em 1980, a TRW (em inglês) demonstrou um laser de fluoreto de deutério chamado Laser Químico Avançado Infravermelho Médio (MIRACL), que pode produzir mais de um megawatt de potência. Esse tipo de sistema a laser foi usado em testes para abater um foguete na Base de Mísseis de White Sands, em 1996.

O terceiro tipo de laser químico que poderá ser usado na defesa contra mísseis balísticos é o laser de iodo de oxigênio químico (COIL), que foi apresentado em 1978. Nesse sistema a laser, uma reação gerada entre o cloro e o peróxido de hidrogênio excita átomos de oxigênio que transferem sua energia aos átomos de iodo. Essa transferência de energia faz com que os átomos de iodo fiquem excitados, criando um laser com um comprimento de onda de, aproximadamente, 1,3 microns, menor do que os 2 lasers mencionados anteriormente. Esse comprimento de onda menor significa que uma ótica menor pode ser usada para desenvolver um sistema de laser baseado no espaço. Em 1996, a TRW testou um laser COIL que produziu um feixe com centenas de kilowatts de potência e durou vários segundos. Até agora, esse é o mais promissor dos lasers baseados no espaço em desenvolvimento.

Um dos problemas com lasers baseados no espaço é que eles teriam que ser fixados a um satélite em movimento quando fossem tentar atingir um outro objeto em movimento a milhares de quilômetros por hora. Imagine, a bordo de um jato supersônico, tentar atirar em um pássaro. O laser e o objeto a ser atingido estariam viajando em velocidades diferentes, tornando o tiro quase impossível. Essa é a razão por que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos também está considerando uma arma de feixe de partículas, que seria capaz de disparar feixes de partículas subatômicas, muito perto da velocidade da luz, em um alvo militar. Se um feixe pudesse ser disparado a essas velocidades, ele deveria, de qualquer modo, congelar o objeto alvo.

A arma de feixe de partículas seria capaz de gerar uma potência muitas vezes mais destrutiva do que qualquer laser em desenvolvimento. Essa arma seria composta, essencialmente, de duas partes: uma fonte de potência e um túnel de aceleração. Se uma arma de feixe de partículas funcional pudesse ser construída, usaria sua fonte de potência para acelerar elétrons, prótons ou átomos de hidrogênio através do túnel, o qual concentraria essas partículas carregadas em um feixe que seria disparado no alvo.

Os "dardos" de energia disparados da arma de feixe de partículas entrariam nos materiais do alvo, passando a energia para os átomos que compõem o alvo. Esse impacto seria como uma bola branca de sinuca atingindo um grupo de bolas na mesa de bilhar. O aumento rápido da temperatura do objeto alvo faria o objeto explodir em questão de segundos após o impacto.

O maior obstáculo no desenvolvimento da arma de feixe de partículas funcional tem sido a criação de uma fonte de potência que seja leve o suficiente para ser colocada no espaço e que possa produzir milhões de eletro-volts de potência e dezenas de megawatts de potência do feixe. Uma estação de potência convencional seria capaz de atender essas exigências de potência, mas seria grande demais para colocar em órbita. Até agora, os cientistas não foram capazes de desenvolver uma fonte adequada e de baixo peso que possa atender essas exigências.

O avião espacial X-33 pode ser usado para combate militar no espaço
Uma terceira arma espacial em desenvolvimento é o avião espacial militar. Um acordo mútuo entre a NASA e a Força Aérea está tentando desenvolver um avião espacial denominado X-33. Embora o presidente Clinton tenha vetado a parte da Força Aérea do avião espacial militar em 1998, a NASA continuou o desenvolvimento por razões não militares. Se a Força Aérea tivesse que retomar o desenvolvimento do avião espacial em uma data posterior, poderia usar o veículo para controlar o espaço tanto ofensiva como defensivamente.

Atualmente, existem vários acordos internacionais proibindo a colocação de tais armas no espaço. Um desses acordos é o "Tratado do Espaço Exterior", de 1967, que engloba o espaço exterior, a Lua e outros corpos celestes. O único furo desse tratado é que ele não fala nada a respeito da área imediatamente acima da Terra, onde a maioria dos satélites fica em órbita. No entanto, o tratado proíbe a colocação de armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, na órbita da Terra. Mas, a questão é: as armas a laser ou de feixe de partículas são de destruição em massa? O tratado ainda proíbe a construção de bases e fortificações militares em qualquer corpo celeste, inclusive a Lua.

Em novembro de 1999, 138 membros das Nações Unidas votaram para ratificar o Tratado do Espaço Exterior. Somente os Estados Unidos e Israel abstiveram-se do voto. Com base nesse voto, que sustentou o veto às armas no espaço, parece que as armas espaciais permanecerão suspensas, por enquanto. Sendo assim, pensamentos a respeito de armas do tipo Estrela da Morte e aviões de combate X-Wing, combatendo a milhares de quilômetros no espaço, terão que esperar um bom tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário