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quinta-feira, 12 de maio de 2011

SEALs Mar, Ar e Terra (Sea, Air, and Land) Unidade especializada em :UW,FID,DA,SR .
















Onde quer que haja tropas norte-americanas, você descobrirá que o SEALs está ou esteve lá antes. O papel que as equipes do SEAL da Marinha desempenham normalmente são entrar e sair rapidamente sem serem vistos, recolhimento de inteligência, destruição de alvos e realização de resgates, entre outras coisas.

As Forças de Operações Especiais Norte-Americanas, que incluem as forças do comando de elite de cada ramificação das forças armadas, como o SEALs da Marinha, Rangers do Exército, os Boinas Verdes e outros se tornaram essenciais para muitos sucessos militares norte-americanos durante a última década. Cada ramificação das forças armadas tem suas próprias equipes especialmente treinadas que podem operar em qualquer situação e realizar qualquer tarefa necessária para o trabalho.

O que é preciso para se tornar um SEAL da Marinha? Até mesmo os instrutores do SEAL podem predizer quem conseguirá chegar lá. A característica comum que os instrutores vêem nos futuros SEALs não pode realmente ser definida, eles apenas a chamam de "atirar por instinto". Ou você tem, ou não tem.

Estatísticas do SEAL:

* apenas cerca de 25% dos recrutas passam pelo treinamento para se tornarem SEALs;
* um SEAL nunca foi abandonado em uma missão;
* um SEAL nunca foi feito prisioneiro;
* atualmente há cerca de 2.290 SEALs ativos em serviço.

O acrônimo SEAL significa Mar, Ar e Terra (Sea, Air, and Land), que identifica os elementos onde operam. Os SEALs trabalham em pequenas unidades - freqüentemente um a dois homens, mas algumas vezes em pelotões de até 16 homens. São treinados para realizar tarefas específicas sob qualquer tipo de circunstância e em qualquer ambiente. Seu treinamento ocorre no deserto, na selva, em clima extremamente quente e frio e em áreas urbanas.

As missões do SEAL requerem planejamento detalhado e execução precisa. Eles são treinados para realizar missões que recaem em cinco categorias principais:

* Guerra não-convencional (UW - Unconventional Warfare)- uso de táticas de guerra de guerrilha na batalha.
A guerra de guerrilha é caracterizada por pequenos grupos de combate móvel que operam usando, freqüentemente, métodos de batalha "não-ortodoxos", como a destruição de suprimentos inimigos, criação de distrações, emboscada de pequenas unidades inimigas, demolições e outros tipo de operação "atacar e correr".

* Defesa interna contra estrangeiros (FID - Foreign Internal Defense) - treinamento dado a nacionais estrangeiros a fim de construir relacionamentos.
Durante a Operação Tempestade no Deserto, os SEALs da Marinha treinaram 13 operadores kuwaitianos em técnicas de infiltração marítima com a finalidade de realizar uma reunião secreta com contatos da resistência local dentro da Cidade do Kuwait.

* Ação direta (DA - Direct Action) - Movimento contra um alvo inimigo
Isso pode incluir assaltos a alvos localizados em terra ou água, resgate de reféns, emboscadas, etc.

* Contraterrorismo (CT) - inclui ação direta contra operações terroristas, ações antiterroristas e a proteção de cidadãos e tropas.

* Reconhecimento especial (SR - Special Reconnaissance) - inclui condução de inspeções preliminares para recolher informações, manejo de postos de observação e outros tipos de vigilância, aparente ou oculta, onde a meta é recolher informações.
Isso pode incluir o recolhimento de dados hidrográficos (inspeções de praia e água) para desembarque ou acompanhamento de uma unidade inimiga e reportar sua posição.

Quando os SEALs não estão implantados, estão em constante treinamento, para aprimorar habilidades básicas e aprender novas habilidades e técnicas.

As categorias acima se sobrepõem quando se referem a missões reais, mas essas são a base do treinamento SEAL: ser especialistas nas habilidades necessárias para realizar essas várias tarefas.

Em 1941, depois que os japoneses bombardearam Pearl Harbor, as tropas norte-americanas foram forçadas a invadir território japonês pelo mar, freqüentemente encarando áreas minadas e ataques de inimigos não-vistos. Como contramedida para esses riscos, a Marinha Norte-Americana criou equipes especialmente treinadas para se infiltrar o território inimigo em direção à costa e liberar o caminho de obstáculos e outros riscos. Essas equipes de seis homens eram chamadas Unidades de Demolição de Combate Naval. Seu treinamento era intenso em fortalecimento físico e incluía levantamento de peso, natação, corrida e manobra de pequenos barcos. O treinamento também incluía manuseio de explosivos. Eventualmente, realizavam treinamentos em Equipes de Demolição Subaquáticas (UDT - Underwater Demolition Teams).

As UDTs foram organizadas em 1943. Também conhecidos como homens-rã, foram responsáveis durante a Guerra da Coréia por nadar até a costa antes de uma invasão e explodir obstáculos em seu caminho, abrindo caminho para a invasão dos anfíbios norte-americanos. Também destruíram alvos importantes como pontes e túneis.

Na década de 60, o aliado da União Soviética, Vietnã do Norte, estava lutando contra um aliado norte-americano, Vietnã do Sul. O presidente Kennedy enviou, em pequenas equipes de guerrilha, combatentes para ajudar o Vietnã do Sul. Com os Boinas Verdes do Exército já estabelecidos, era hora da Marinha criar sua própria unidade de Operações Especiais. Fundamentado no treinamento dos UDTs, os SEALs da Marinha foram criados. Seu treinamento os preparou para trabalhar nas selvas, costas e rios do Vietnã. Sua tarefa era ficar atrás das linhas inimigas e atacar de surpresa acampamentos de inimigos, sabotar suprimentos, cortar comunicações inimigas e destruir munições armazenadas. Eles foram bem sucedidos em suas missões.

República do Vietnã, novembro de 1967: membros da SEALs da Marinha Norte-Americana se movimentaram para o Rio Bassac em um barco de assalto (STAB - Seal Team Assault Boat) durante operações ao longo do rio ao sul de Saigon

Com a Guerra do Vietnã terminando sem vitória, muitos cortes foram feitos nas despesas militares, e o número de unidades das Forças Especiais foi, em muitos casos, cortado pela metade. O sucesso dos SEALs no Vietnã, contudo, provou seu valor.
Hooah! - o grito de guerra dos SEALs da Marinha - se torna uma resposta automática para eles durante o torturante treinamento. Embora possa haver outras variações no significado, "hooah" geralmente significa "sim", "entendido" e "não estou deixando essa evolução tirar o melhor de mim". Evolução é o termo usado para cada evento no programa de treinamento.

O treinamento do SEAL é brutal. Leva mais de 30 meses para treinar um SEAL da Marinha até o ponto no qual estará pronto para posicionamento. Os SEALs que emergem estão prontos para lidar com qualquer tarefa que possam ser chamados para executar, incluindo mergulho, natação de combate, navegação, demolições, armas e pára-quedismo. O treinamento os leva ao limite, tanto mental quanto fisicamente para eliminar aqueles que possam não ser capazes de completar com êxito as exigentes missões e operações que os SEALs enfrentam. Os tipos de estresses que encaram durante o BUD/S (Demolição Subaquática Básica/SEAL) são os mesmos que encaram em missões reais. Se não podem resistir a isso quando não há vidas na linha, há boas chances de que não sejam capazes de resistir a isso quando há vidas em jogo.

A partir do primeiro dia no treinamento, os recrutas são ensinados da importância do trabalho de equipe. O foco não é no indivíduo. O fato de que nenhum SEAL tenha sido deixado para trás em uma missão é uma prova do sucesso deste sistema. Durante todo seu treinamento, aprendem porque o trabalho de equipe é necessário no tipo de tarefa em que estarão sendo inseridos. Os SEALs estão realizando tarefas que podem não ser possíveis para um único homem realizar, mas pode ser realizado para uma equipe composta de homens que têm o mesmo treinamento e habilidades. Seu sucesso depende do que podem fazer juntos como uma equipe.

O ingresso no treinamento para se tornar um SEAL da Marinha é voluntário. Qualquer um pode ser voluntário, e os oficiais e homens alinhados treinam lado a lado. Com o propósito de ingressar no treinamento o candidato precisará preencher alguns requisitos:

* ser um membro ativo em serviço da Marinha Norte-Americana;
* ser um homem (mulheres não podem se tornar SEALs da Marinha);
* ter 28 anos ou menos (embora concessões para 29 e 30 anos seja possível);
* ter boa visão;
* ser um cidadão norte-americano;
* passar pela Bateria de Aptidão Vocacional dos Serviços Armados (site em inglês)(ASVAB - Armed Services Vocational Aptitude Battery);
* passar por um teste de seleção físico severo que inclui o seguinte procedimento:
1. nadar 457 metros em 12,5 minutos ou menos, seguido por um descanso de 10 minutos
2. fazer 42 flexões de braço em menos de dois minutos, seguido de um descanso de dois minutos
3. fazer 50 abdominais em menos de dois minutos, seguido de um descanso de dois minutos
4. fazer seis flexões de barra fixa, seguidas de um descanso de 10 minutos.
5. correr 2,4 quilômetros com coturnos e calças compridas em menos de 11,5 minutos

Uma vez que um candidato se qualifica, começa a diversão de verdade.

O treinamento Demolição Subaquática Básica/SEAL (BUD/S - Basic Underwater Demolition/SEAL) é dividido em várias fases:

1. doutrinação
2. condicionamento básico
3. treinamento em SCUBA
4. treinamento em guerra terrestre

Há também a infame semana infernal, que ocorre para encerrar o condicionamento básico.

O BUD/S dura vários meses. A doutrinação inicial compreende cinco semanas de aprendizagem das expectativas e modos dos SEALs da Marinha. Mais importante, é o momento de se preparar física e mentalmente para o que está à frente.

Uma vez completada a doutrinação, o tempo remanescente é dividido em oito semanas de condicionamento básico, oito semanas de treinamento com SCUBA e nove semanas de guerra terrestre. O treinamento ocorre na Base Anfíbia Naval (em inglês)em Coronado, Califórnia.

O condicionamento básico é quando o avanço fica difícil. Esta é a fase onde a maioria das Desistências por Solicitação (DOR - Drops on Request) acontece. Durante oito semanas, os dias dos recrutas são preenchidos com corrida, natação, calistenia e aprendizagem sobre operações com pequenos botes. As natações de 1,5 a 3 km e a corrida na pista de obstáculos são eventos diários e cronometrados. O tempo de um recruta para esses exercícios deve melhorar continuamente.

Outra parte importante do condicionamento básico é a resistência ao afogamento. Nesta evolução, os recrutas devem aprender a nadar com suas mãos e pés atados. Para passar pela resistência ao afogamento, eles mergulham em uma piscina de 3m de profundidade e concluem as etapas a seguir com suas mãos e pés atados:

1. ficar à tona por 5 minutos
2. boiar por 5 minutos
3. nadar 100 metros
4. ficar à tona por 2 minutos
5. fazer algumas voltas para frente e para trás
6. nadar até o fundo da piscina e recuperar um objeto com seus dentes
7. voltar para a superfície e ficar à tona por mais cinco vezes

Outra evolução é a tortura das ondas, também chamada de "condicionamento em água gelada". As temperaturas da água normalmente variam ao redor de 18ºC (65F) e nunca passam de 20ºC (68F). A partir daqui, os recrutas fazem algum exercício localizado ou correm 2,5 km na praia com suas roupas e coturnos molhados, então, são enviados de volta para as ondas. Muitos treinos também exigem que as equipes carreguem seus barcos de borracha sobre suas cabeças enquanto correm de uma tarefa para outra.

A quarta semana do condicionamento básico é conhecida como Semana Infernal. Acontece quando os estudantes treinam por cinco dias e cinco noites completos, com um total máximo de quatro horas de sono. A Semana Infernal começa no pôr-do-sol do domingo e termina no final da sexta-feira. Durante este período, os recrutas enfrentam evoluções de treinamento contínuas. Durante a Semana Infernal, os estudantes recebem quatro refeições por dia - algumas vezes MREs, mas normalmente refeições quentes de quantidades limitadas. Comer comida quente substitui estar aquecido e seco. Ela proporciona um impulso psicológico necessário aos recrutas cansados, muitos dos quais estão quase dormindo enquanto comem.

A evolução durante a Semana Infernal envolve a equipe (ou tripulação do bote) carregando seu bote - borracha inflável Zodiacs (em inglês) - sobre suas cabeças. Exercícios, corridas e escalada cronometrados através de planícies lamacentas são intercalados no decorrer dos cinco dias e meio. O maior número de recrutas cai durante a Semana Infernal. Esse treinamento radical é essencial, apesar de tudo. Nas missões, os SEALs devem ser capazes de operar eficientemente, ignorando temperaturas abaixo de zero e seu próprio bem-estar físico. Suas vidas, bem como as vidas dos outros, podem depender disso.

Ouvir ordens atentamente é outro elemento essencial de treinamento durante o BUD/S, particularmente durante a Semana Infernal quando os cérebros estão ficando confusos devido à falta de sono. O instrutor pode propositalmente omitir parte de uma ordem para ver quem realmente está ouvindo. Por exemplo, durante uma série de ordens que exigem que as equipes de recrutas façam exercícios usando uma tora de 136kg, ele pode deixar de mencionar a tora em uma das ordens. Os líderes de equipe que estão prestando atenção perceberão isso e suas equipes terão uma pequena redução na dificuldade da tarefa, realizando-a sem ter de carregar a tora. O instrutor pode recompensar a equipe permitindo que permaneçam perto do fogo e descansem, ou que se sentem e durmam por alguns minutos.
SCUBA
Como muito do trabalho do SEAL é feito embaixo d'água, o SCUBA (aparelho de respiração subaquática autônomo) e a natação de combate são as principais prioridades para treinamento.

Os SEALs treinam extensivamente por oito semanas em sistemas SCUBA de circuito fechado e navegação subaquática.

Guerra terrestre
Durante o treinamento de guerra terrestre, os SEALs treinam por nove semanas em recolhimento de inteligência e penetração de estruturas, reconhecimento e patrulhamento de longo alcance e batalha próximo de alojamentos. Também são treinados para reagir a ataques de atiradores de elite e usar armas "afiadas" como facas e outras lâminas. Eles devem poder dirigir qualquer veículo e ser capacitados em técnicas de direção em alta velocidade e evasivas. O combate mão-a-mão também é ensinado durante essa fase do treinamento.

Para estarem preparados para qualquer situação, são ensinadas as táticas que as pequenas unidades devem usar, incluindo manuseio de explosivos, infiltração em linhas inimigas, técnicas de recuperação (agarrar-e-segurar) e o manuseio apropriado de prisioneiros. Os SEALs devem também ser capazes de sobreviver em ambientes extremos e oferecer tratamento médico (medicina de campo).

Quando termina o treinamento BUD/S, os remanescentes vão para o treinamento de pára-quedismo básico na Escola Aérea do Exército (em inglês) em Fort Benning, Georgia.

Este treinamento dura três semanas e é acompanhado pelo Treinamento de Qualificação do SEAL (SQT - SEAL Qualification Training ). O SQT consiste em mais 15 semanas de treinamento para a aprimorar as habilidades básicas e aprender as novas táticas e técnicas necessárias para a designação de um pelotão SEAL.

É depois de completar com êxito o SQT que os recrutas recebem seu Código do Alistamento Naval e são premiados com o broche SEAL Trident. Agora são oficialmente SEALs da Marinha.
Os enfermeiros hospitalares permanecem por mais 30 semanas de treinamento neste estágio.
É fornecido treinamento adicional em Reconhecimento Especial e Ação Direta, onde os SEALs aprendem sobre completar tarefas como:

* emboscadas táticas
* assaltos com atirador de elite
* combate próximo do alojamento
* demolição subaquática
* ataques de natação de combate
* suporte aéreo próximo
* suporte de artilharia naval
* ataques surpresa
* reconhecimento hidrográfico

Missões e posicionamento tático do SEAL
Os novos soldados se reportam imediatamente às suas unidades operacionais e começam um período de 12 a 18 meses de treinamento extensivo individual, em pelotão e esquadrão, na preparação para posicionamento tático com seu pelotão SEAL. Esse ciclo de treinamento/posicionamento tático garante que os soldados estejam em constante aperfeiçoamento e aprendendo novas habilidades que podem salvar vidas e ajudar as missões a serem bem sucedidas.

Embora possamos ouvir sobre algumas supreendentes missões do SEAL, a maioria do que é feito não aparece no noticiário, mas os poucos que conseguimos acompanhar, nos mostram exatamente o quão difícil - e o quão importante - as funções dos SEALs são.

Contraterrorismo

Em 6 de janeiro de 2002, durante a Operação Liberdade Duradoura (em inglês) - 2001 a 2003 - os SEALs foram enviados ao país mediterrâneo do Afeganistão em busca de Osama Bin Laden e outros terroristas escondidos nas cavernas de Zawar Kili. O que deveria ser uma missão de 12 horas se tornou uma missão de oito dias.

Os SEALs e outros operadores do SOCOM (Comando de Operações Especiais, Special Operations Command) procuraram em mais de 70 cavernas em um desfiladeiro de 4,82km de extensão perto da fronteira paquistanesa. Sua busca revelou depósitos de armas, munição, suprimentos e uma enorme quantidade de informações de inteligência. Sobreviveram à missão inesperadamente estendida com os suprimentos que encontraram nos acampamentos da al-Qaeda.

Durante a Operação Liberdade Duradoura, as forças de Guerra Especial Naval (NSW - Naval Special Warfare) realizaram mais de 75 missões de reconhecimento especial e ação direta, destruindo mais de 226 toneladas de explosivos e armas; identificando positivamente pessoal inimigo e conduzindo Operações de Interdição de Liderança na busca de terroristas que tentavam escapar através de embarcações a caminho do mar. As forças NSW continuam a operar no Afeganistão, impedindo o caminho do Taliban e outras forças terroristas.

No livro Alma de Guerreiro: A Memória de um SEAL da Marinha, o antigo SEAL Chuck Pfarrer descreve como uma missão para proteger um navio anfíbio da Marinha Norte-Americana (em um local secreto) transformou-se na captura de candidatos a terroristas. Como líder de seu destacamento SEAL, Pfarrer foi responsável por proteger o navio no porto enquanto sua carga de munição era descarregada.

Depois de procurar em muitos barcos pesqueiros na vizinhança do porto, Pfarrer percebeu um barco pesqueiro estranho vindo para a área. Ele suspeitou e pulou em um barco Zodiac com dois outros SEALs, com a intenção de investigar o barco que se aproximava lentamente. Manobrando para evitar que o barco tivesse acesso ao navio, ficaram de frente para o pesqueiro confirmando suas suspeitas, o barco começou a aumentar sua velocidade.

O Zodiac estava correndo lado a lado com o pesqueiro, e Pfarrer estava gritando: "Alto!" - mas o piloto do barco não parava. À medida que o Zodiac se aproximava, um dos homens no barco começou a pegar sob uma rede de pesca o que parecia ser uma AK-47. O piloto do Zodiac fez uma curva fechada e golpeou o pesqueiro. Pfarrer sacou sua arma para disparar um tiro de advertência, mas sua arma travou. Ele pulou para o barco pesqueiro com os homens, seguido pelos outros dois SEALs.

Após uma breve luta, amarraram os homens. Olhando debaixo das redes, encontraram dois grandes feixes de explosivo feito por iugoslavos amarrados com as espoletas prontas, junto com dois AK-47s. Explosivos deste tipo são fabricados para fazer buracos no casco de aço de navios. Os homens no barco pesqueiro eram nadadores de combate se preparando para fixar esses explosivos no navio da Marinha Norte-Americana que estava ancorado.

Durante a Guerra do Golfo Pérsico (também conhecida como Operação Tempestade no Deserto - site em inglês - 1991), depois de um mês de ataques aéreos contra o Iraque, as forças Aliadas estavam prontas para avançar para o Kuaite ocupado pelo Iraque e começar a guerra terrestre. Com 17.000 fuzileiros navais nos navios fora da costa da Cidade do Kuaite, o pelotão Foxtrot da Equipe SEAL 1 tinha a missão de criar uma distração. O plano era fazer os iraquianos acreditarem que as forças Aliadas estavam planejando um ataque anfíbio.

No escuro da noite, a equipe se aproximou da costa kuaitiana em barcos de desembarque, parando a cerca de 450m e nadando o restante do caminho. Cada soldado levava uma caixa de explosivos de 9kg. Embaixo do nariz do inimigo, eles plantaram os explosivos na praia kuaitiana e nadaram de volta para seus barcos. Os explosivos foram preparados para explodir à 1 hora da madrugada.

Conforme os explosivos detonavam em terra, os soldadoss disparavam armas automáticas e lançavam granadas, criando uma enorme barulho que chamou a atenção dos iraquianos. Isso, combinado com a força dos fuzileiros navais vistos na costa, convenceu os iraquianos de que o ataque estava vindo do mar. Eles destacaram duas divisões da linha de frente e as moveram para a costa. A guerra terrestre começou contra uma força iraquiana muito enfraquecida.

Na Somália, em 2 de dezembro de 1992, durante a Operação Restaurar a Esperança (em inglês) os SEALs da Marinha foram necessários para liberar o caminho e facilitar o desembarque de fuzileiros navais para proteger o aeroporto de Mogadishu. Os soldados da Equipe 1 nadaram para a costa, medindo a profundidade da água, a variação da costa e composição da praia para criar mapas e proteger o desembarque. Poucos dias depois, exploraram o Porto de Mogadishu para determinar se era um porto adequado para navios de suprimento poderia ser encontrado. Problemas inesperados surgiram quando descobriram que a água no porto estava contaminada com esgoto bruto e outros detritos. Os soldados concluíram suas tarefas, mas alguns ficaram doentes devido à missão.

No dia seguinte, enquanto ocorria o desembarque os fuzileiros, os SEALs, junto com as Unidades de Reconhecimento dos Fuzileiros Navais, nadaram à frente das forças de desembarque como escoltas. O que encontraram foram representantes da mídia, luzes brilhantes e câmeras de televisão em suas faces à medida que emergiam da água e andavam sobre a praia. O desembarque dos fuzileiros prosseguiu, televisionado para todo o mundo ver.

Ação direta
Na Somália, um atirador de elite SEAL evitou que um grupo de fuzileiros navais fosse alvejado por um atirador somalí.

Foi relatado que um atirador de elite SEAL com um rifle de franco-atirador M88 calibre .50 detectou um atirador somalí abaixado atrás de uma parede de pedra. Ele acreditava que o atirador estava preparando sua arma para atirar nos fuzileiros navais que se aproximavam, para capturar o líder da facção somali, Hussein Mohammed Aideed. O SEAL sabia que não poderia avisar os fuzileiros navais a tempo, então, disparou seu rifle contra a parede de pedra e abateu o atirador atrás dela.

Missões não-militares
A experiência do soldado SEAL é útil para propósitos civis também. Em 1996, noite de Páscoa, o Centro Conjunto de Coordenação de Resgates (em inglês) entrou em contato com os SEALs para solicitar assistência no resgate de um homem ferido que estava perdico com seu barco na Ilha Fanning, a cerca de 1.287 km ao sul do Hawaí.

Como a Ilha Fanning está a 321 km da faixa de terra mais próxima, isso exigiria que uma equipe de resgate pudesse descer de pára-quedas sobre ela, tendo treinamento médico para tratar o homem ferido e ser capaz de operar seu pequeno barco. Quatro SEALs da marinha foram selecionados e voaram para o local. Cada soldado carregava aproximadamente 22 kg de suprimentos médicos e provisões quando desceram de pára-quedas na lagoa onde o barco estava ancorado.

O soldado com treinamento médico cuidou do ferimento do homem, que era resultado da perfuração e tinha ficado muito infeccionado. Como a ilha era muito pequena para pousar um avião e muito longe para voar com um helicóptero, tiveram que navegar com o barco do homem para a Ilha do Natal, a 321 km de distância.

Após 36 horas de tratamento, a infecção ainda estava se espalhando pela perna do homem. Com sua situação piorando, os SEALs entraram em contato com a Guarda Costeira para que suprimentos médicos adicionais fossem jogados por ar para eles antes que chegassem à Ilha do Natal. Os médicos do Exército voaram para a Christmas Island para ficarem prontos para tratar o homem quando os SEALs chegassem. Fortes ventos e águas violentas retardaram seu progresso, mas finalmente os SEALs conseguiram. Os médicos do Exército puderam tratar a ferida e a missão foi relatada como um enorme sucesso. Se os SEALs não tivessem podido chegar até o homem tão rapidamente, o resultado teria sido muito diferente.

Como profissionais em qualquer outro campo, os SEALs só podem realizar suas tarefas com êxito se tiverem as ferramentas adequadas. Suas armas, veículos e outros equipamentos podem ajudá-los não apenas a realizar suas missões, mas também a sair vivos delas.

Vestuário

Não é incomum para os SEALs precisarem de vestuário para variadas temperaturas e tarefas. Por exemplo, quando estão nadando em uma missão, o soldado pode precisar de equipamento para temperaturas de água extremamente frias, bem como para temperaturas terrestres mais quentes. Para a água fria, o vestuário deve evitar a perda de calor resultante de todas as fontes, incluindo radiação e evaporação. O SEAL deve freqüentemente gerar calor através de atividade física e ventilá-lo se ele se movimentar para um local mais quente ou começar a superaquecer devido ao extremo do esforço. As camadas e a ventilação permitem a refrigeração e ajudam a evitar que a transpiração deixe as roupas úmidas.

Armas

Usam pistolas como a SIG Sauer P226 de 9mm e a pistola ofensiva calibre 45 MK23 MOD 0 (em inglês) com um silenciador e módulo de mira a laser.

Usam rifles como a carabina automática M4A1 5,56mm e a AK-47(sites em inglês). Também usam escopetas, metralhadoras (em inglês) - MK43 e M2HB - e a série de submetralhadoras de 9mm HK MP5 (em inglês) entre outras. Adicione a essa lista rifles de franco-atirador como o M88 .50 PIP e o rifle de franco-atirador M-14, junto com lançadores de granadas, morteiros e foguetes antitanque AT4 (em inglês) e os SEALs podem escolher uma arma adequada à tarefa específica em suas mãos.

Cada veículo que os SEALs da Marinha utilizam para transportar as equipes e unidades para seu destino têm um benefício e utilidade específicos.

Um tipo de veículo é o SEAL Delivery Vehicle. São veículos que operam abaixo da superfície da água para levar soldados e seus equipamentos para sua área de missão. A tripulação usa aparelhos de respiração subaquática enquanto navegam o SDV submerso para o destino. Ficando completamente submerso o tempo todo, alguns modelos de SDVs podem entregar vários soldados em sua área de missão, permanecer na área enquanto concluem a missão e então devolvê-los ao seu navio.

Há várias embarcações de superfície primárias. Elas incluem o CRRC, o SOC-R, o RHIB de 11 metros e o MK V.

A Embarcação de Operações Especiais MK V (SOC) é a mais versátil embarcação combatente de alto-desempenho no inventário de Guerra Especial Naval. É usada principalmente em transporte oceânico de médio alcance de nadadores de combate do SEAL em ambientes onde a ameaça é de baixa a média. Também é usado para algumas operações de patrulha costeira e interdição marítima, como destruir uma linha de suprimentos inimiga. O MK V pode operar a partir de instalações costeiras ou de navios especialmente equipados.

O Bote Inflável de Casco Rígido (RHIB) de NSW é uma embarcação de 11 metros, alta velocidade, alta-flutuação, e temperaturas extremas usadas para movimentar elementos táticos do SEAL de e para o navio e praias. É grande o suficiente para transportar um esquadrão SEAL inteiro.

A Embarcação de Operações Especiais Fluvial (SOC-R) é a mais recente embarcação de superfície de Guerra Especial Naval. É usada em ambientes fluviais e tem uma velocidade máxima de 77 km/h. Suporta até 9.300kg de pessoal e carga e é bem adequado para vias aquáticas interiores. O SOC-R pode ser transportado pela aeronave de carga da Força Aérea Norte-Americana e por helicóptero.

O Combat Rubber Raiding Craft (CRRC) é um barco de borracha inflável de 4,5m, extremamente reforçado que é útil em muitas missões. Esse é o mesmo que os recrutas carregam sobre suas cabeças durante o treinamento BUD/S (freqüentemente chamado de Zodiac - a Zodiac fabrica o CRRC). No posicionamento tático, é usado para transporte e para liberar e resgatar SEALs levemente armados em praias e rios.

É fácil para os SEALs movimentarem este barco e também pode ser lançado do ar como um pato de borracha.
SCUBA

Sistema de circuito aberto

Um sistema de circuito aberto é o sistema de respiração típico, onde o mergulhador respira o ar de um tanque de suprimento e exala na água.

Sistema de oxigênio em circuito fechado
Com este tipo de sistema, o mergulhador respira 100% de oxigênio e sua respiração exalada é recirculada dentro do aparelho, onde é filtrada e transformada novamente em ar respirável. Este sistema é útil para o trabalho em água rasa.

O tempo do oxigênio é reduzido à medida que a água esfria. Para mergulho em água extremamente fria, os SEALs devem usar roupas secas e uma versão especialmente adaptada do reciclador de ar exalado Dragger LarV - um tubo de oxigênio maior permite que o mergulhador respire sob a água por um período de tempo maior.

Sistema de gás misturado em circuito fechado
Este sistema é similar ao sistema de oxigênio de circuito fechado descrito acima, mas o oxigênio é misturado com ar para manter um determinado nível de "pressão parcial do oxigênio" (PPO2). Isso aumenta a profundidade na qual um SEAL pode mergulhar e a extensão de tempo em que pode permanecer lá.

Quando os soldados chegam do ar, freqüentemente estão indo a locais de acesso extremamente difíceis. Neste caso, podem saltar de um avião para o oceano com seu Zodiac, descer de pára-quedas na área ou usar técnicas de "fast-rope" (descida rápida por cabo) e rapel.

Ao descer de pára-quedas, os SEALs usam técnicas de cabo estático ou queda livre. As técnicas de queda livre incluem saltos de alta altitude/baixa abertura (HALO, High Altitude/Low Opening) e os saltos de alta altitude/alta abertura (HAHO, High Altitude/High Opening) mais difíceis (veja o Navy SEALs.com: equipamento aéreo (em inglês) para aprender sobre esses tipos de saltos). O salto de alta altitude requer oxigênio e equipamento especial para garantir que o pára-quedas abra no caso de o saltador desmaiar, o que não é tão incomum para saltos de alta altitude. Os óculos de proteção podem se estilhaçar devido ao frio, e os olhos podem congelar fechados, tornando a queda ainda mais perigosa. Um dispositivo chamado FF2 (em inglês) ativará automaticamente a corda de abertura do saltador se o pára-quedas não abrir a uma altitude pré-definida.

Os saltos HAHO, onde os pára-quedas são desdobrados poucos segundos após o salto e os SEALs formam uma "pilha" para ficarem juntos, os mantêm em um grupo coeso quando pousam. Essa é uma manobra difícil que requer muito treinamento como equipe. O homem mais abaixo na formação usa uma bússola e pontos de referência para dirigi-los a seu destino.

As técnicas de fast-rope e rapel requerem que os helicópteros deixem os SEALs por meio de um cabo em seu local. A descida rápida por cabo é uma técnica de descida através da qual um cabo de 15 a 27 metros é lançado do helicóptero, e os SEALs deslizam cabo abaixo usando um arnês de assento suíço. Para frear, aplicam suas mãos em um movimento de torcer uma toalha - usar os pés para frear poderia danificar a corda.

Uma vez que os SEALs estejam no chão, seu equipamento e sua vestimenta, devem se adequar ao ambiente em particular. Equipamento de escalada de montanhas, sapatos de neve, equipamento de navegação em terra e os veículos corretos são todos essenciais para seu sucesso.

A instalação de redes de camuflagem em ambientes desérticos onde há pouca ou nenhuma ocultabilidade natural pode evitar que os SEALs se tornem um alvo inimigo. Os óculos de proteção contra pó evitam a cegueira pela areia no ar, e os sacos de água CamelBak (em inglês) permitem que bebam enquanto a camuflagem permite que utilizem as mãos.

As operações em floresta ou áreas cobertas de árvores necessitam de facões para liberar a densa folhagem, bem como aplicação de redes especiais e macas para proteger contra mordidas de insetos potencialmente letais.

Em todos os tipos de ambientes, os SEALs carregam um mapa, uma bússola e um receptor de GPS portátil.

A Guerra Especial Naval é compota de equipes SEAL, Equipes de SEAL Delivery Vehicle e Equipes de Barcos Especiais que são todos posicionados mundialmente para uma variedade de operações.

Equipes e pelotões

Há oito equipes SEAL. Cada equipe tem seis pelotões e um elemento no quartel-general. Os pelotões SEAL consistem em 16 SEALs - dois oficiais, um chefe e 13 homens alistados. Um pelotão geralmente é o maior elemento operacional designado para uma missão. O pelotão também pode ser dividido em dois esquadrões ou quatro elementos. Cada membro de um pelotão SEAL é qualificado em mergulho, pára-quedismo e demolições.

As equipes são divididas entre a Costa Leste e a Costa Oeste dos Estados Unidos. As equipes de número ímpar ficam sob o comando do Grupo 1 de Guerra Especial Naval (em inglês) e estão localizados na Costa Oeste em Coronada, Califórnia. As equipes de número par ficam sob o comando do Grupo 2 de Guerra Especial Naval e estão localizados na Costa Leste em Little Creek, Virgínia.

Equipes SDV e unidades NSW

Há outras equipes especializadas de SEALs chamados equipes de SEAL Delivery Vehicle (SDVT). As equipes SDV operam em áreas muito distantes para um SEAL nadar e carregar equipamento. Usando embarcação SDV subaquática, essas equipes aumentam as áreas nas quais os SEALs podem operar. As equipes SDV usualmente são posicionadas em submarinos, mas também podem ser de estações costeiras ou navios superficiais.

Há duas equipes SDV. A Equipe de SEAL Delivery Vehicle One (SDVT-1) está localizada em Pearl Harbor, Havaí, e opera no Pacífico e áreas geográficas centrais. A Equipe de SEAL Delivery Vehicle TWO (SDVT-2) está localizada em Little Creek, Virgínia, e conduz operações em todo o Atlântico, áreas ao Sul e Européias.

Também há Unidades de Guerra Especial Naval localizadas ao redor do mundo. Essas unidades têm várias responsabilidades, incluindo atuação como comandos de treinamento para SEALs e planejamento, coordenação e suporte de atividades de pelotões do SEAL.

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