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quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Estados Unidos já instalou Um sistema de Defesa Nacional contra Mísseis (NMD) escudo contra mísseis intercontinentais balísticos no Espaço e terra !














Um sistema de Defesa Nacional contra Mísseis (NMD) tem sido o centro de muitos debates nos Estados Unidos há mais de meio século. Conforme seus defensores, tal sistema forneceria uma espécie de escudo protetor contra ataque de mísseis. Em 1999, o Congresso dos EUA decidiu que a época de conversações tinha acabado: aprovaram uma lei pedindo a implementação do sistema NMD para defender os Estados Unidos contra o crescente número de países que estão desenvolvendo tecnologias de mísseis de longo alcance.

"O Estados Unidos já intalou um escudo contra mísseis intercontinentais balísticos no alasca e europa!"

Durante a campanha para as eleições presidenciais de 2000, George W. Bush deixou claro que apoiaria firmemente um programa NMD, mesmo às custas de prejudicar as relações EUA-Rússia. A Rússia protestou contra os planos do governo norte-americano para o escudo nacional contra mísseis. Desde que assumiu a presidência, Bush e o Secretário da Defesa Donald Rumsfeld avançaram com os planos para montar um sistema de defesa antimísseis de US$ 30,2 bilhões.

Neste artigo, examinaremos os planos do Departamento da Defesa dos EUA e veremos em detalhes de como o sistema NMD radar e a interceptação de armamento funcionarão.
Antecipando-se a ataques.O sistema NMD que está sendo desenvolvido atualmente é uma versão menor do sistema de defesa antimísseis proposto pelo presidente Reagan. Os Estados Unidos estão trabalhando em um sistema de defesa antimísseis baseado no solo, que possa responder a um ataque limitado de mísseis. Neste sistema NMD, há cinco partes:

* radar de aperfeiçoado de alerta antecipado (UEWR)
* radar de banda X baseado no solo (XBR)
* sistema infravermelho baseado no espaço (SBIRS)
* gerenciamento, comando, controle e comunicações durante a batalha (BMC3)
* interceptadores baseados no solo (GBIs)

A primeira parte do NMD envolverá a detecção do lançamento de mísseis inimigos e também o rastreamento desses mísseis. Os dados capturados por um sistema de radar e satélites serão enviados de volta para o pessoal do BMC3, que tomará as medidas apropriadas. Vamos dar uma olhada nos três componentes do sistema de detecção e rastreamento do NMD.

* Radar aperfeiçoado de alerta antecipado (UEWR) - este é um radar de vigilância por matriz de fases que pode detectar e rastrear mísseis balísticos. O NMD usará versões aperfeiçoadas de radares de alerta antecipado de ultra-alta freqüência. Modificações de hardware, incluindo a substituição de computadores existentes, telas gráficas, equipamento de comunicações e receptor/excitador de radar, também farão parte do EWR. Os UEWRs serão usados para detectar e rastrear mísseis e outros projéteis durante a fase média da trajetória, antes da indicação mais precisa do radar de banda X.

* Radar de banda X baseado no solo (XBR) - consiste em um radar multi-função por matriz de fases que usa alta freqüência e tecnologia avançada de processamento de sinais de radar. O XBR rastreará mísseis quando eles estiverem voando mais perto dos Estados Unidos e avalia que mísseis são chamarizes e quais estão armados com ogivas. Ele é equipado com um radar de alta resolução que permite que ele perceba de maneira precisa entre objetos muito próximos. O radar XBR tem um campo de visão de 50 graus e pode girar 360 graus para rastrear alvos. Ele transmitirá um padrão de radiação em um feixe estreito composto por pulsos eletromagnéticos. A estação local de radar consiste em um radar de banda X montado em um pedestal, uma instalação de controle e manutenção, uma instalação de geração de energia e uma área protegida de 150 m. A estação local XBR terá cerca de 7,66 hectares.

* Sistema infravermelho baseado no espaço (SBIRS) - os satélites SBIRS estão em um plano de desenvolvimento de 10 anos e espera-se que sejam incluídos no sistema de 3 a 4 anos após o NMD se tornar operacional. Esses satélites substituirão os atuais do Programa de Apoio à Defesa (DSP). Há três tipos de satélites SBIRS, incluindo quatro satélites em órbita terrestre geostacionária (GEO), dois satélites em órbita altamente elíptica (HEO) e um número não especificado de satélites em órbita terrestre baixa (LEO). Eventualmente, haverá um conjunto de 24 satélites que rastrearão mísseis inimigos antes do radar, permitindo uma resposta mais rápida.

Assim que o radar tiver determinado que um míssil inimigo foi lançado e tem os Estados Unidos como alvo, a próxima fase é disparar um ou mais dos cem mísseis interceptadores para destruir o míssil balístico inimigo antes que ele entre no espaço aéreo norte-americano. Na próxima seção, você aprenderá como esses interceptadores localizarão e destruirão mísseis inimigos.

A concepção de um sistema NMD é fornecer o tipo de escudo que proteja contra um ataque pequeno com mísseis balísticos. O rastreamento de mísseis inimigos por radar está indo muito bem, mas o problema do sistema NMD é atingi-los e derrubá-los antes que cheguem ao espaço aéreo dos EUA. Essa não será uma tarefa fácil para as forças armadas americanas e ainda há muitos testes a serem feitos. Vamos dar uma olhada em alguns interceptadores do NMD baseados no solo.

Veículo com carga útil lançado das instalações de mísseis do Exército em Kwajalein, na área central do Oceano Pacifico, durante o teste 5 de vôo integrado em 8 de julho de 2000. Esse teste, em particular, não foi bem sucedido.

Os interceptadores baseados no solo possuem duas partes:

* Carga útil (PLV) - foram efetuados testes de vôo com um PLV projetado pela Lockheed Martin (em inglês). Consiste no segundo e terceiro estágios de lançadores Minuteman II desativados. O PLV Minuteman II será substituído posteriormente por um modelo mais avançado para permitir cobertura de todo os Estados Unidos. Além dos dois estágios do lançador no PLV, também há uma cobertura da carga útil presa à ponta. A cobertura da carga útil contém o EKV.

* Veículo de destruição fora da atmosfera (EKV) - o veículo de destruição é o projétil do sistema de armas do NMD. Esse dispositivo destina-se a colidir com o míssil visado a uma velocidade 24.140 kph. A força do impacto deve destruir qualquer míssil balístico, conforme funcionários da área da defesa

O gerenciamento, comando, controle e comunicações durante a batalha (BMC3) é o centro do sistema NMD. Ele começa a rastrear o míssil balístico supostamente ameaçador assim que o míssil é lançado por um inimigo. Informações sobre o míssil inimigo, incluindo trajetória e provável ponto de impacto, são retransmitidas para o BMC3 de sensores baseados no espaço e de radares baseados no solo. Em menos de vinte minutos após o lançamento do míssil inimigo, um interceptador decola. Esse interceptador é programado com informações obtidas pelo radar.
Cerca de dois minutos e meio após o lançamento, o veículo de destruição se separa do lançador. Pouco antes dessa separação, o veículo de destruição receberá uma atualização final acerca do alvo. O veículo de destruição estará a cerca de 2.253 km de distância de seu alvo quando separado. Então, ele iniciará um conjunto de manobras para calibrar seus sensores.

Depois que o EKV tiver terminado a calibração, ele fará a procura, a aquisição e se guiará em direção ao alvo sem qualquer orientação ou comunicação externa. Isso ocorre cerca de 6 minutos após o lançamento. Então, o EKV traça um centro de alvo figurado no ICBM visado e inicia um curso de colisão. Se tudo ocorrer conforme o planejado, ele colidirá com o alvo a 193 km acima da Terra.
O processo de apontar com precisão, mirar um interceptador contra ele e destruir o alvo é muito complexo. Há muitos componentes que precisam ser coordenados em tempo real e todo o procedimento é concluído em menos de 30 minutos após o lançamento do míssil inimigo. Alguns críticos dizem que o sistema é complexo demais para funcionar de maneira efetiva. Os militares têm obtido sucessos relativos nos testes realizados.

A idéia de um escudo antimísseis recebeu muita atenção há cerca de vinte anos, quando o então presidente Ronald Reagan propôs sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI). A SDI exigia a instalação de armas baseadas no espaço, que derrubariam mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs). O uso proposto de armas laser e veículos espaciais levou a imprensa e os críticos a apelidar o sistema de "Guerra nas estrelas". Apesar do ambicioso plano de defesa de Reagan ter enfocado a atenção do mundo em sistemas antimísseis, as origens desses sistemas datam do início da Guerra Fria (em inglês). Em 1946, após a descoberta do programa de mísseis dos nazistas, que incluía planos para lançar ICBMs contra a cidade de Nova York, o Exército começou a estudar mísseis interceptadores que poderiam destruir os mísseis inimigos que estivessem a caminho. Em 1961, o Exército conseguiu a primeira interceptação bem sucedida de uma ogiva simulada de ICBM, o que levou a maiores pressões para a instalação de um escudo de defesa nacional. Seis anos depois, foi instalado o primeiro programa de defesa antimísseis, chamado de Sentinela.
Em 1968, o presidente Richard Nixon mudou o foco do sistema Sentinela para proteger as forças de dissuasão dos EUA. O sistema teve seu nome mudado para Salvaguarda. Os interceptadores do Salvaguarda foram projetados para transportar ogivas para destruir os veículos de reentrada dos ICBMs.

As negociações entre Estados Unidos e União Soviética sobre a proliferação de armas acabou no Tratado contra os Mísseis Balísticos (ABM), de 1972. O tratado ABM baniu sistemas nacionais de defesa contra mísseis e era destinado a impedir uma maior escalada na corrida armamentista entre os dois países. Por esse tratado, os EUA e a União Soviética concordaram em limitar os sistemas de defesa contra mísseis a dois locais por país, com 100 interceptadores cada. O número de locais foi reduzido para um em 1974. Os Estados Unidos escolheram seu local em Grand Forks, Dakota do Norte, mas o fecharam em 1976.

O tratado ABM precisa ser alterado caso os EUA pretendam instalar um escudo nacional contra mísseis. Durante a campanha presidencial das eleições de 2000, o presidente Bush disse que instalaria um sistema nacional de defesa antimísseis, mesmo colocando em risco as relações com a Rússia. Ele disse que se esforçaria para emendar o tratado ABM, mas que retiraria os Estados Unidos do tratado se fosse necessário. O Secretario da Defesa, Rumsfeld disse que o tratado ABM está desatualizado porque, desde que ele foi assinado, muitas outras nações desenvolveram tecnologia de mísseis de longo alcance.

No final dos anos 70 e início dos anos 80, os militares voltaram a atenção para o desenvolvimento de sistemas de defesa antimísseis que não dependessem de interceptadores equipados com ogivas. Para isso, os EUA desenvolveram um sistema de sensores e orientação que permitia que um interceptador colidisse com a ogiva inimiga. Essa tecnologia foi demonstrada em 1984 (um ano antes, o presidente Reagan tinha anunciado sua Iniciativa de Defesa Estratégica - SDI - em uma cadeia nacional de televisão).

Após o fim da Guerra Fria, algumas pessoas sugeriram que os planos da SDI de Reagan não eram mais necessários. Em 1991, o presidente George Bush lançou um sistema revisado de defesa contra mísseis que usaria foguetes interceptadores com base no solo. Nesse mesmo ano, o mundo viu o primeiro choque entre um míssil e a um sistema de defesa contra mísseis, durante a Guerra do Golfo, quando um míssil Patriot dos EUA destruiu um míssil Scud iraquiano. Os planos de Bush se constituíram no fundamento para o sistema que agora está sendo apoiado por seu filho, George W. Bush.
Em 1998, uma comissão do Congresso publicou o Relatório Rumsfeld, que dizia que diversos países teriam a capacidade de atingir o território continental dos EUA em até 10 anos. Seis semanas após a publicação do relatório, a Coréia do Norte testou um míssil de três estágios que passou sobre o Japão. O teste da Coréia do Norte levou o Congresso dos EUA a aprovar a lei de Defesa Nacional contra Mísseis, de 1999, que obrigou os Estados Unidos a instalar um escudo antimísseis. O NMD está projetado para entrar em operação em 2005.

Pelo menos em termos nucleares, o mundo agora é muito mais complexo do que era durante a Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética, agora Rússia, eram os dois únicos países que possuíam armas nucleares. Atualmente, muitas outras nações podem ter a capacidade de lançar mísseis nucleares de longo alcance.
Para combater um possível ataque nuclear, os Estados Unidos têm desenvolvido um sistema de defesa contra mísseis baseados no espaço, nas últimas duas décadas. Este sistema de defesa começou na administração do antigo presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI) exigiu o desenvolvimento de armas a laser para orbitar a terra e derrubar os mísseis balísticos. Neste momento, fala-se sobre os Estados Unidos estarem desenvolvendo uma quinta divisão militar, talvez chamada de Força Espacial, que assumiria a parte que a Força Aérea está deixando.

vamos ver como algumas guerras já estão sendo feitas via satélite e as tecnologias que estão sendo desenvolvidas para realizar as guerras no espaço!

Antes da Primeira Guerra Mundial era quase uma necessidade os exércitos defenderem sua base, dominando seus oponentes em cima de uma colina, para conseguir ganhar as batalhas. Conseguir uma localização mais alta deu aos exércitos no topo da colina a vantagem de abater o exército oponente, que tinha que subir uma colina e, ao mesmo tempo, se defender das balas. Historicamente, os exércitos com a vantagem de estarem no ponto mais alto sempre venceram mais vezes.

A nova base alta é o espaço. Os Estados Unidos, atualmente, usam o espaço de modo passivo durante um combate; portanto, vamos olhar para o espaço primeiramente por esse ângulo.

Em 1991, os Estados Unidos e seus aliados usaram uma tecnologia de satélite sofisticada para localizar alvos iraquianos durante a Guerra do Golfo Pérsico. Satélites inteligentes forneceram às forças americanas uma visão sem precedentes do campo de batalha, mostrando todos os movimentos que os iraquianos faziam durante a guerra. Com a vasta extensão da paisagem deserta para fornecer visibilidade, as imagens do satélite tornaram-se a principal fonte de informações sobre o exército iraquiano.

Os satélites também foram uma ferramenta valiosa para o desdobramento das tropas durante a Guerra do Golfo Pérsico. Uma constelação de satélites orbitando a Terra, conhecida como Sistema de Posicionamento Global (GPS), foi usada pelos soldados no solo para determinar sua localização. Esses 24 satélites forneceram a longitude, latitude e altitude dos soldados americanos portando receptores GPS no campo de batalha. O deserto aberto era o local ideal para usar os satélites GPS, porque existiam muito poucos objetos naturais ao redor para interferir com os sinais dos satélites. Em combinação com as imagens dos satélites espiões que estavam rastreando as tropas inimigas, o GPS deu aos Estados Unidos e seus aliados a vantagem de saber exatamente onde posicionar suas tropas para tirar o máximo proveito da situação.
A próxima fronteira no espaço é muito mais ativa: sistemas de armas com satélites projetados para derrubar mísseis nucleares.

Em maio de 1983, Reagan propôs sua Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI), agora denominada Defesa contra mísseis balísticos, que exigia satélites equipados com laser para derrubar mísseis balísticos intercontinentais (ICBM). Os ICBMs têm um alcance de mais de 10.000 km. A essa distância, um ICBM disparado da Coréia do Norte poderia atingir facilmente Honolulu ou Los Angeles. O SDI de Reagan, também conhecido como "Guerra nas Estrelas," foi projetado para fornecer um guarda-chuva de proteção contra ataques de mísseis. Os satélites do SDI iriam rastrear um míssil a partir do lançamento e o derrubariam com lasers antes mesmo de o míssil deixar o espaço aéreo do país do qual foi lançado. O trabalho sobre o laser baseado no espaço da Defesa contra Míssil Balístico está em andamento, apesar de algumas críticas internacionais. O projeto continuou a receber US$ 4 bilhões por ano e, recentemente, recebeu um orçamento extra de US$ 6,6 bilhões no ano de 2005.

O Comando Espacial dos Estados Unidos não esconde o fato de que quer estabelecer a supremacia americana no espaço. Em seu relatório Visão para 2020, o Comando Espacial enfatiza que as forças militares sempre incentivaram a proteção dos interesses nacionais, tanto militares como econômicas. O relatório sugere que as armas espaciais devem ser desenvolvidas para proteger os satélites americanos e outros veículos espaciais, enquanto os outros países desenvolvem a capacidade de lançar naves espaciais. Em 1997, o secretário assistente da Força Aérea do Espaço, Keith R. Hall, disse: "com relação ao domínio do espaço, nós o temos, gostamos dele e pretendemos conservá-lo". O Pentágono falou que à medida que as empresas espaciais começarem a ganhar vantagens comerciais, haverá aqueles que tentarão tirar algum lucro atacando aquelas empresas espaciais. Veja abaixo algumas armas espaciais atualmente em desenvolvimento:

* lasers químicos;
* feixes de partículas;
* aviões espaciais militares.

Existem, pelo menos, 3 sistemas a laser sendo desenvolvidos para armas baseadas no espaço e na terra. Os 3 são um tipo de laser químico que envolve a mistura de químicas dentro da arma para criar o feixe de laser. Embora o sistema a laser baseado no espaço ainda tenha que esperar, aproximadamente, 20 anos para ser lançado, existem 3 lasers sendo considerados, incluindo o fluoreto de hidrogênio (HF), o fluoreto de deutério (DF) e o iodo oxigênio químico (COIL).

Em um relatório de 1998, com o título Armas a laser no espaço: uma avaliação crítica, o tenente coronel William H. Possel, da Força Aérea dos Estados Unidos, comparou o funcionamento do sistema a laser de fluoreto de hidrogênio com o modo como um motor de foguete funciona. O flúor atômico reage com o hidrogênio molecular para produzir moléculas excitadas de fluoreto de hidrogênio. Essa reação cria um comprimento de onda entre 2,7 e 2,9 microns. Nesse comprimento de onda, o feixe de laser de fluoreto de hidrogênio seria absorvido pela atmosfera da Terra, o que significa que ele deverá ser usado no "combate espaço a espaço" como parte do programa de laser baseado no espaço. A Organização de Defesa contra Míssil Balístico já demonstrou um laser de fluoreto de hidrogênio com potência em megawatts em um ambiente espacial simulado.

Um outro laser, similar ao sistema de fluoreto de hidrogênio, é o sistema laser de fluoreto de deutério. Em vez de usar o hidrogênio molecular, o deutério é usado para reagir com o fluoreto atômico. Como os átomos de deutério têm mais massa do que os átomos de hidrogênio, esse laser tem um comprimento de onda de, aproximadamente, 3,5 microns e pode transmitir melhor através da atmosfera. Em 1980, a TRW (em inglês) demonstrou um laser de fluoreto de deutério chamado Laser Químico Avançado Infravermelho Médio (MIRACL), que pode produzir mais de um megawatt de potência. Esse tipo de sistema a laser foi usado em testes para abater um foguete na Base de Mísseis de White Sands, em 1996.

O terceiro tipo de laser químico que poderá ser usado na defesa contra mísseis balísticos é o laser de iodo de oxigênio químico (COIL), que foi apresentado em 1978. Nesse sistema a laser, uma reação gerada entre o cloro e o peróxido de hidrogênio excita átomos de oxigênio que transferem sua energia aos átomos de iodo. Essa transferência de energia faz com que os átomos de iodo fiquem excitados, criando um laser com um comprimento de onda de, aproximadamente, 1,3 microns, menor do que os 2 lasers mencionados anteriormente. Esse comprimento de onda menor significa que uma ótica menor pode ser usada para desenvolver um sistema de laser baseado no espaço. Em 1996, a TRW testou um laser COIL que produziu um feixe com centenas de kilowatts de potência e durou vários segundos. Até agora, esse é o mais promissor dos lasers baseados no espaço em desenvolvimento.

Um dos problemas com lasers baseados no espaço é que eles teriam que ser fixados a um satélite em movimento quando fossem tentar atingir um outro objeto em movimento a milhares de quilômetros por hora. Imagine, a bordo de um jato supersônico, tentar atirar em um pássaro. O laser e o objeto a ser atingido estariam viajando em velocidades diferentes, tornando o tiro quase impossível. Essa é a razão por que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos também está considerando uma arma de feixe de partículas, que seria capaz de disparar feixes de partículas subatômicas, muito perto da velocidade da luz, em um alvo militar. Se um feixe pudesse ser disparado a essas velocidades, ele deveria, de qualquer modo, congelar o objeto alvo.

A arma de feixe de partículas seria capaz de gerar uma potência muitas vezes mais destrutiva do que qualquer laser em desenvolvimento. Essa arma seria composta, essencialmente, de duas partes: uma fonte de potência e um túnel de aceleração. Se uma arma de feixe de partículas funcional pudesse ser construída, usaria sua fonte de potência para acelerar elétrons, prótons ou átomos de hidrogênio através do túnel, o qual concentraria essas partículas carregadas em um feixe que seria disparado no alvo.

Os "dardos" de energia disparados da arma de feixe de partículas entrariam nos materiais do alvo, passando a energia para os átomos que compõem o alvo. Esse impacto seria como uma bola branca de sinuca atingindo um grupo de bolas na mesa de bilhar. O aumento rápido da temperatura do objeto alvo faria o objeto explodir em questão de segundos após o impacto.

O maior obstáculo no desenvolvimento da arma de feixe de partículas funcional tem sido a criação de uma fonte de potência que seja leve o suficiente para ser colocada no espaço e que possa produzir milhões de eletro-volts de potência e dezenas de megawatts de potência do feixe. Uma estação de potência convencional seria capaz de atender essas exigências de potência, mas seria grande demais para colocar em órbita. Até agora, os cientistas não foram capazes de desenvolver uma fonte adequada e de baixo peso que possa atender essas exigências.

O avião espacial X-33 pode ser usado para combate militar no espaço
Uma terceira arma espacial em desenvolvimento é o avião espacial militar. Um acordo mútuo entre a NASA e a Força Aérea está tentando desenvolver um avião espacial denominado X-33. Embora o presidente Clinton tenha vetado a parte da Força Aérea do avião espacial militar em 1998, a NASA continuou o desenvolvimento por razões não militares. Se a Força Aérea tivesse que retomar o desenvolvimento do avião espacial em uma data posterior, poderia usar o veículo para controlar o espaço tanto ofensiva como defensivamente.

Atualmente, existem vários acordos internacionais proibindo a colocação de tais armas no espaço. Um desses acordos é o "Tratado do Espaço Exterior", de 1967, que engloba o espaço exterior, a Lua e outros corpos celestes. O único furo desse tratado é que ele não fala nada a respeito da área imediatamente acima da Terra, onde a maioria dos satélites fica em órbita. No entanto, o tratado proíbe a colocação de armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, na órbita da Terra. Mas, a questão é: as armas a laser ou de feixe de partículas são de destruição em massa? O tratado ainda proíbe a construção de bases e fortificações militares em qualquer corpo celeste, inclusive a Lua.

Em novembro de 1999, 138 membros das Nações Unidas votaram para ratificar o Tratado do Espaço Exterior. Somente os Estados Unidos e Israel abstiveram-se do voto. Com base nesse voto, que sustentou o veto às armas no espaço, parece que as armas espaciais permanecerão suspensas, por enquanto. Sendo assim, pensamentos a respeito de armas do tipo Estrela da Morte e aviões de combate X-Wing, combatendo a milhares de quilômetros no espaço, terão que esperar um bom tempo.

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